Os relatos falam que haviam mulheres em Valhalla e Folkvang, mas essas mulheres não eram valquírias ou deusas, mas sim humanas. Entre os vikings havia o rito dos sacrifícios humanos, sacrifícios estes tanto de homens como de mulheres. No caso das mulheres, as viúvas e escravas, poderiam ser sacrificadas (envenenadas, enforcadas, apunhaladas, ou queimadas vivas) para poderem acompanhar seu marido ou senhor no Outro Mundo, indo para um dos dois palácios. Pois, embora as mulheres não detinham o direito de glória no campo de batalha, elas poderiam receber o direito de ir para Valhalla ou Folkvang, através da honra e da lealdade.
Além desses sacríficos fúnebres, pessoas também eram sacrificadas em outras ocasiões, e os sacrificados acreditavam que dessa forma conseguiam o direito dos deuses para ir a Asgard. Não obstante, as mulheres que acreditassem que Thor acolhia os mortos, também rezavam para que suas almas fossem para o Palácio Bilskirnir, junto as almas de seus maridos.
Além disso, existem indícios que as mulheres virgens quando morriam, seguiam para Folkvang ou para o palácio da deusa Gefjon (Gefjun ou Gefion), a qual era uma Vanir e estava associada a agricultura. Segundo alguns relatos ela teria sido a esposa do rei Gylfi ou do rei Skjöldr. Snorri conta que essa deusa era virgem, e quando as mulheres virgem morriam, ela as recebia em seu palácio. A deusa também estava associada a ilha Zelândia no lago Mälaren na Suécia. A Edda em prosa e a o Heimskringla contam que a deusa desapareceu nesse lago, e no local surgiu uma ilha. Parece que sacríficos de mulheres virgens eram feitos no local.
Gefjon arando a Zelândia com seus bois. Karl Ehrenberg, 1882. |
OBSERVAÇÃO: Aquela primeira parte sobre a sociedade ser puramente machista, não é verdade. A mulher tinha um papel extremamente importante na sociedade. Quando o homem saia de casa, ela ficava com a chave, ou seja, ficava responsável por tudo. Ainda hoje eu posto sobre o papel da mulher na sociedade viking :)
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