sábado, 26 de setembro de 2015

Postagem Especial- Indicação para jogos- Skyrim:


Skyrim, também conhecida como Reino Antigo [Old Kingdom] ou Pátria [Fatherland], é o lar dos nords e o cenário onde se passa o jogo The Elder Scrolls V: Skyrim.

Skyrim é uma região situada na parte norte de Tamriel (o continente onde ocorrem os eventos de toda série Elder Scrolls). É o lar dos nords, homens e mulheres grandes e durões (geralmente altos e loiros), conhecidos por sua grande resistência ao frio, tanto natural quanto mágico.

Foi a primeira região (ou província) do continente Tamriel a ser povoada pela raça humana, que migrou para lá de Atmora, no extremo norte, cruzando o Mar dos Fantasmas [Sea of Ghosts]. Atmora seria um continente situado a extremo norte de Tamriel, o lugar de origem dos homens conhecidos como neds, os antepassados dos humanos, entretanto, existem pouquíssimas informações sobre Atmora, pois nada foi escrito em linguagem conhecida pelo povo antes da Grande Migração [Great Migration].
A data da Grande Migração é desconhecida, mas ocorreu antes da total proliferação da civilização élfica no continente de Tamriel. De acordo com a lenda, Ysgramor (o primeiro humano a pisar em Tamriel, um guerreiro ned, mais tarde fundador e líder dos Quinhentos Companheiros [Five Hundred Companions]) desembarcou em Cabeça de Hsaarik [Hsaarik Head] no extremo norte do Cabo Quebrado de Skyrim [Skyrim's Broken Cape].

Conta-se que ele e seus companheiros estavam fugindo da guerra civil em Atmora, que na época tinha uma população considerável. Eles chamaram a terra recém-descoberta de Mereth, pois seus estranhos habitantes (os elfos) chamavam a si próprios de mer (em élfico "mer" quer dizer "pessoa" ou "nós", e era usada pelos elfos para designarem a sua raça, assim como usamos a palavra "homem" para designar toda a raça humana).

OBSERVAÇÃO: Boa tarde Guerreiros e Valquírias! Esse é um post especial para vocês. Eu simplesmente AMO Skyrim! Infelizmente, meu controle quebrou e não posso jogar. Na fonte, temos um pouco de tudo sobre Skyrim e alguns guias! Espero que tenham gostado Emoticon colonthree
Fonte: http://www.gamevicio.com/…/2/2058-the-elder-scrolls-v-skyr…/
‪#‎Nimue‬

sábado, 19 de setembro de 2015

Era Medieval- Arcos e Bestas:

''Uma besta em boas mãos, e não havia ninguém melhor do que os genoveses, teria um alcance maior que um arco reto, mas não se tivesse uma corda úmida. O alcance extra não era grande vantagem, porque levava tanto tempo para se rearmar uma seta, que um arqueiro poderia avançar para o raio de ação e disparar seis ou sete flechas antes que o inimigo ficasse pronto para disparar sua segunda seta. Muito embora Thomas entendesse aquele desequilíbrio, ainda estava nervoso. O inimigo parecia muito numeroso e os tambores Franceses eram grandes tímpanos pesados com peles grossas que retumbavam como as batidas do coração do diabo no vale. Os cavaleiros inimigos avançavam pouco a pouco, ansiosos por esporearem suas montarias contra uma linha inglesa que eles esperavam estar profundamente ferida pelo assalto das bestas enquanto os soldados ingleses arrastavam os pés e se juntavam, fechando a linha para formar fileiras sólidas de escudos e aço. As malhas tiniam e tilintavam.''- Thomas, O arqueiro (I), Bernard Cornwell



A origem do arco perde-se no tempo. O facto de a maioria deles terem sido construídos em madeira, (especialmente no seu início), fez com que a maior parte não tivesse durado até aos nossos dias. No entanto existem desenhos antigos de arqueiros, muitos dos quais ilustram as paredes de algumas cavernas, dando a entender que eles são provavelmente mais velhos do que se pensa.
Existem derivados do arco como a Besta e a Balista que conferem, no primeiro caso, uma maior precisão e facilidade de execução, uma vez que a Besta permite a sua utilização apenas com uma mão, ficando assim a outra mão livre para defesa ou controle do cavalo. No segundo caso, a Balista era uma versão da Besta e era utilizada principalmente em manobras de cerco.

Especificações do arco:

O arco curto tinha menos de 1,6 metros de comprimento. A besta mecânica de manivela era uma arma perfurante, cerca de 1,2 metros de diâmetro e tinha um alcance de 340-350 metros. Ela só poderia liberar cerca de duas flechas por minuto. O arco longo tinha cerca de 1,8 metros de comprimento e podia perfurar a armadura a uma distância de 180 metros. Um arqueiro habilidoso poderia liberar entre 10 e 15 flechas por minuto.

Flechas:

Flechas antigas tinham grandes pontas que saltavam para fora ou quebravam quando atingiam a armadura. Para resolver esse problema, flechas pontudas foram inventadas.As flechas com pontas longas foram projetadas para perfurar de longe e pontas curtas para penetrar armaduras. Os corpos das flechas eram mais curtos e ligeiramente mais espessos do que os das flechas regulares.

Os primeiros arcos e flechas usados na Idade Média eram arcos curtos, que foram utilizados principalmente para a caça. William, o Conquistador, introduziu a besta para a Inglaterra em 1.066. O arco longo originou-se no sul do País de Gales por volta de 1.150 e dominou a guerra até meados do século XVI
Com o aparecimento das armas de fogo o arco e flecha perderam a sua importância militar, sendo que atualmente apenas são usados em alguns exercícios de caça ou competições desportivas.

OBSERVAÇÃO: Salve Guerreiros e Guerreiras! Tudo bem? Espero que vocês tenham gostado. Coloquei algumas coisas sobre Arcos e Bestas. Quando falamos em arco, é um assunto muito complexo, principalmente quando chegamos nas flechas. Sim, é um assunto extremamente complexo. Vou deixar um link aqui bastante interessante sobre as flechas, principalmente para quem curti RPG Emoticon wink http://dungeoncompendium.blogspot.com.br/…/tecnologia-medie…
Fontes:
http://origemdascoisas.com/a-origem-do-arco-e-flecha/
Castles: Arco e flecha [em inglês]
Historical Weapons: Arco e flecha [em inglês]
Talk Archery: O arco [em inglês]
Medio Evo: Arco curto medieval [em inglês]
Middle Ages: Arco [em inglês]
The Beckoning: O arco e flecha no período medieval [em inglês]
‪#‎Nimue‬

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mitologia Celta- Os druidas:

''Mas o destino, como Merlin sempre nos ensinava, é inexorável. A vida é uma brincadeira dos Deuses, costumava dizer Merlin, e não existe justiça. Você precisa aprender a rir, disse-me ele uma vez, ou simplesmente vai chorar até morrer.'' - O Rei do Inverno

 
Os druidas eram os sacerdotes e filósofos dos celtas. Acredita-se que seu nome se deriva da palavra celta ''derw'', que significa carvalho, porque a veneração por essa árvore era um ponto essencial de sua religião. Os
druidas são tão antigos como os brahamanes da índia, os magos do Oriente e caldeus, e demais filósofos famosos da Antiguidade. Eram os árbitros soberanos de tudo que tinha relação com a religião e formavam um corpo muito numeroso, como também poderoso. Existia um chefe chamado O Grande Druida, com residência em Bretanha, lugar em que se aprendiam os mistérios mais reservados. Seu princípio fundamental era não deixar nada escrito, pois toda sua ciência se encontrava compreendida em uma série de composições poéticas que memorizavam e que continham todos seus mistérios, por isso pouco conhecidos. Seu principal dogma era a imortalidade da alma. 

Em todos os países celtas, o druida desempenhava um papel primordial na sociedade: aconselhava o rei, ensinava ciências, sobressaía-se na medicina e na astronomia. Era também o padre, o juiz e a memória do povo. Sabiamente, não deixou escritos para testemunhar sua generalidade.

Uma comunidade de sábios deixa poucos traços materiais de sua existência. Para fazer a reconstituição da história dos druidas e encontrar suas mensagens, dispomos apenas, infelizmente, do testemunho de autores a serviço do Império Romano e de lendas compiladas por monges irlandeses, gauleses e bretões da Idade Média. Documentos por vezes muito suspeitos, mas numerosos e de procedências bastante diferenciadas, eles permitiram que fossem feitas verificações, e algumas de suas informações foram confirmadas por descobertas arqueológicas. Assim, historiadores, linguistas e arqueólogos restabelecem, pouco a pouco, a herança perdida.

O prestígio dos druidas era imenso. Júlio César relatou que eles recebiam grandes honras, a ponto de serem dispensados do serviço militar e isentos de qualquer encargo, inclusive do pagamento de impostos. Os druidas certamente se ocupavam das tarefas da religião e presidiam os rituais públicos mas, magistrados respeitados, faziam igualmente com que fosse cumprida a justiça, regulamentando as diferenças entre particularidades ou entre povos. Não havia apelação contra as suas sentenças, e os imprudentes que não as respeitassem sofriam os rigores da interdição, eram banidos da sociedade  e totalmente excluídos de qualquer vida social.

Aplicavam-se no estudo da geografia e da astronomia, e em particular no movimento e na influência dos planetas, para assim profetizar o futuro. Plínio, filósofo grego, conta que um druida, antes de pegar uma planta, examinava a posição dos astros, e quem a pegava devia estar vestido de branco, com os pés lavados e descalços, e a eleição da mão a utilizar não era por acaso. Colhiam o "visgo" com muita veneração, como um de seus ritos, durante o mês de dezembro, que consideravam sagrado. Os adivinhos encabeçavam a marcha, entoando cânticos a suas divindades; depois, um arauto levava o caduceu, acompanhado de três druidas. Fechava a comitiva o chefe dos druidas, seguido por todo o povo, que subia ao carvalho e cortava o visgo com uma foice de ouro. Os sacerdotes recebiam-no com muito respeito e no primeiro dia do ano era repartido ao povo como algo sagrado. A água do visgo, segundo os druidas, dava a fertilidade e era uma defesa contra os venenos.
 
Nas lendas artunianas temos personagens como: Merlim, Nimue e Arthur. A seguir um pouco sobre esses personagens:

King Arthur's Statue
Arthur: Filho de Uther Pendragón e de Ingraine. Dizem as lendas que sua mãe foi uma das mulheres que escaparam da Atlântida, antes que esse continente fosse submergido pelas águas. Outras lendas contam que estava ligada por laços familiares com as fadas e com a Dama do Lago. Uther Pendragón descendia dos antigos reis britânicos. Arthur tomou-se rei da Grã-Bretanha quando tirou a espada de uma pedra; não era a Excalibur, como se pensa, mas sim um símbolo, de seu direito de governar, disposto por Merlim, que havia provocado o seu nascimento, disfarçando Uther, fazendo-o passar pelo marido de Ingraine — Gorlois — e mais tarde, Merlim converteu-se em seu conselheiro.
 
Merlim: Mago e custódio da linhagem dos Pendragón. Nascido de uma virgem que foi visitada por um espírito, Merlim Emrys foi descoberto pelos homens de Vortigern como a vítima perfeita para um sacrifício que ajudasse a fixar os cimentos de sua torre que vinha abaixo. Merlim falou da eterna batalha entre os dragões que se ocultavam sob os cimentos, em um relato que põe de manifesto a natureza racial desse tema. Pronunciou algumas profecias sobre a Grã-Bretanha em versos gnômicos e converteu- se no conselheiro de Ambrosius Aurelianus e de seu irmão Uther, e durante esse reinado, construiu magicamente Stonehenge. Arthur herdou Merlim como seu conselheiro mágico, somente por um tempo, antes que Merlim regressasse ao reino de seu pai para converter-se no guardião eterno da Grã-Bretanha, segundo as fontes mais antigas. Segundo fontes francesas, contam que ele foi sucumbido aos encantos de Nimue. Merlim foi o principal artífice da estratégia dos Pendragón e o guardião oculto da Terra que, em tempos mais antigos, foi chamada Clas Merlim ou Recinto.


illustration: Nimue by Denise Garner

Nimue: Chamada às vezes de Viviane. Era a filha de Dionas, um Cavaleiro devoto de Diana. Nimue assimilou a figura da Dama do Lago em algumas tradições posteriores. Merlim ensinou-lhe as artes mágicas e acabou amando-a, segundo Malory, de maneira que Nimue conseguiu lhe atrair até uma grande rocha, na qual Merlim ficou preso sob ela.

Druidas- Seu último refúgio: a Irlanda

Para muitos deles, reagrupados em comunidades, o exílio britânico terminou no ano de 61, na terrível matança da ilha de Mona (na época, um grande  colégio druídico, hoje é a atual Anglesey), onde homens, mulheres e crianças foram assassinados, e da qual o historiador Tácito nos deixou uma terrível descrição, antes de concluir: "Colocou-se então uma guarnição nas casas dos vencidos e foram destruídas suas madeiras consagradas a cruéis superstições". Só restou aos druidas um único refúgio, aquele que permaneceria inviolado e inviolável enquanto seus habitantes respeitassem seus deuses: a Irlanda. Foi então que a lenda se misturou estranhamente à história.

Eles aterrizaram na Irlanda numa segunda-feira, quando da festa de Beltane. Chegaram sem navios ou barcos, sobre sombrias nuvens somente com a força de seu druidismo. Trouxeram com eles a Pedra Lia Fail, a Pedra do Destino, para o Ônfalo (umbigo) do Mundo que ficava em Tara, centro sagrado da Irlanda; trouxeram também a Lança de Lug, a espada de Nuada e o Caldeirão do Dagda: objetos fabulosos que se encontram sob diversas formas em todas as lendas da tradição celta. "Os Tuatha Dé Dánann estavam nas Ilhas do Norte do Mundo, aprendendo a ciência e a magia, o druidismo, a sabedoria e a arte. E ultrapassaram todos os sábios das artes do paganismo." (A Segunda Batalha de Mag Tured" - ou Moy Tura, traduzido para o francês por C. J. Guyonvarc'h).

Essas três palavras, Túatha Dé Dánann, significam Tribo da Deusa Dana. Mas o historiador irlandês Geoffrey Keating forneceu, no século 17, outra explicação, coincidente com a teoria das três funções, fundamento da sociedade indo-européia e, consequentemente, da sociedade celta (nobres/sacerdotes/artesãos), segundo Georges Dumézil: "Outros dizem que eles se chamam Túatha Dé Dannan devido aos três grupos que formavam quando vieram para a Irlanda nessa expedição. O primeiro bando, que se chamava Túath, tinha a posição de nobreza e comando das tribos. (...) O segundo bando era o que se chamava de Dé (deuses) assim com eram seus druidas. O terceiro bando, que se chamavam Dánnan, era o das artes ou das técnicas ." (...)

As lendas são verdadeiras, tão verdadeiras quanto a história.

Júlio César, informado por seus espiões, afirmou: "Acredita-se que sua doutrina nasceu na Grã-Bretanha e dessa ilha foi para a Gália". 

OBSERVAÇÃO: Boa tarde/noite/dia, guerreiros e valquírias! Tudo bem? Bom... fiz esse texto para vocês, onde eu peguei duas fontes, disponível aqui em baixo :) Como vocês podem perceber, algumas histórias artunianas escrevem: Merlin, com ''M'' no final, ou, Artur, com ''H''. Usei como referencia, uma citação de uma livro especial que eu SUPER indico para a leitura: O Rei do Inverno. Agora vou deixar uma parte da nota histórica desse livro ( O Rei do Inverno), para vocês sobre Artur:

'' Podemos saber muito pouco sobre Artur, mas podemos deduzir muito da época em que ele provavelmente viveu. A Grã- Bretanha nos séculos V e VI deve ter sido um lugar medonho. Os romanos protetores tinham partido no inicio do século V, e com isso os britânicos romanizados foram abandonados a um círculo de inimigos temíveis. Do oeste vinham os saqueadores irlandeses que eram celtas, parentes próximos dos britânicos, mas que mesmo assim eram invasores, colonizadores e escravagistas. Ao norte ficava o estranho povo das Terras Altas da Escócia, sempre pronto a vir para o sul em ataques destruidores, mas nenhum desses inimigos era tão temido quanto os odiados saxões que primeiro atacaram, depois colonizaram e em seguida capturaram o leste da Grã- Bretanha, que como tempo, capturaram o coração da Grã- Bretanha e mudaram seu nome para Inglaterra.'' - Bernard Cornwell, nota histórica, pág. 541 ( O Rei do Inverno) 

Espero que tenham gostado, não deixem de entrarem nos links! Lembrando que eu escrevo textos motivadores. Se caso você quiser saber mais, é só estudar sobre o assunto ;) Outra observação EXTREMAMENTE importante: existem DIVERSAS histórias/éstorias sobre o Rei Artur. Por favor, pesquisem! Eu, particularmente, amei o trabalho do Cornwell, mesmo ele criando alguns personagens fictícios. Espero ter ajudado! Ah... agora vocês sabem o porque do meu ''#Nimue''.

Fontes:
http://www.druidismo.com.br/index/Druidismo/Entries/2010/10/11_druidas%2C_os_sabios_da_floresta.html
 
Raimonde Reznikov *
Tradução de Enviar Serapicos
(publicado na revista "História Viva" - Duetto Editorial - www.duettoeditorial.com.br/)

* Raimonde Reznikov é especialista em tradições indo-européias

http://www.luzdegaia.org/downloads/livros/diversos/Avalon_e_o_Graal_H.Gerentadt.pdf
#Nimue
 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Mitologia Nórdica- Os cabelos de Sif e a criação do martelo Mjölnir:


Os mitos nos contam que o deus possuía três preciosos objetos, os quais eram seus tesouros. Um dos tesouros era o cinto Megingjord, o qual consistia num "cinto de força", ou seja, quando o deus usava o cinto, este lhe aumentava a força. Uns dizem que isso lhe duplicaria a força, outros falam que o cinto aumentaria em dez vezes a sua força. O segundo tesouro eram as luvas de ferro chamadas de Járngreipr, que dizia-se que com estas luvas, o martelo jamais escorregaria das mãos do deus. Contudo, o maior tesouro que Thor possuía era o seu martelo de cabo curto, chamado Mjölnir o qual se tornou um símbolo de seu poder, de seu culto e de sua própria representação seja mitológica ou atualmente na cultura pop. De fato, o Thor dos quadrinhos não usa o cinto e as luvas de ferro, apenas o martelo. 

Mas, para conhecermos a origem do icônico martelo que conjurava trovões, raios e tempestades, e que esmagava o crânio de gigantes, primeiro devemos saber a ligação de Sif com essa história.

Tudo começou quando certa vez Sif se encontrava dormindo, Loki na ocasião decidiu pregar uma peça de mau gosto, então com uma faca ele cortou os longos e belos cabelos da deusa, e fugiu dali. Sif quando acordou notou que seus cabelos estavam curtos, ela que possuía uma grande admiração por estes, pôs a cair em choro, então cobriu a cabeça com vergonha. Quando Thor retornou para casa, foi procurar sua esposa e a encontrou muito triste, quando lhe foi revelado o ocorrido, ele ficou furioso e perguntou se Sif tinha ideia de quem havia feito aquilo. Ela mencionou que talvez fosse obra de Loki, pois ele era conhecido por pregar travessuras.

Thor furioso, partiu para encontrar Loki. Ele não matou o mesmo na ocasião, pois este pediu clemência por sua vida, e prometeu que iria conseguir os cabelos de Sif de volta. Ao mesmo tempo, Odin entrou na discussão e disse que Loki também teria que recompensar os deuses com presentes, neste caso ele teria que dar presentes para Thor, Freyr e o próprio Odin. Tendo essa difícil tarefa em mãos, o ardiloso Loki partiu para encontrar alguns anões, os quais eram famosos por serem os maiores artífices e ferreiros do mundo.

Loki procurou dois anões chamados Brokk e Eitri, conhecidos como filhos de Ívaldi. Os anões no primeiro momento se recusaram a aceitar o pedido de Loki, mas ele apostou sua vida naquilo, para que os dois fizessem três preciosos tesouros. Os anões disseram que fariam os tesouros que Loki pediu, mas também fariam seus próprios presentes para os deuses. Os dois irmãos aceitaram o trato e começaram a trabalhar, mas o ardiloso Loki se transformou num mosquito e começou a atrapalhar o trabalho de Brokk o qual era responsável por coordenar o fole que aquecia a forja, enquanto Eitri realizava o restante do trabalho. Loki não querendo que os anões o enganassem, fabricando tesouros ruins, começou a ameaçar o serviço de Brokk. A ideia de Loki era impedir que os presentes dos anões fossem melhores dos quais eles faziam para ele.

Num primeiro momento eles criaram um javali com a crina de ouro, então continuaram a trabalhar enquanto Loki transformado em mosquito picava a mão, o pescoço e as pálpebras de Brokk. No final os anões criaram seis presentes, sendo que três foram dados por Loki e os outros três dados por eles dois
Loki deu uma majestosa lança chamada Gungnir a qual dizia que jamais erraria o alvo, a presenteando a Odin. Para Thor ele deu os cabelos de ouro para sua esposa, e para o deus Freyr (irmão de Freya) representante dos deuses Vanir, este recebera o navio Skidbladnir o qual dizia-se que nunca faltaria vento para aquele navio, desde que as velas fossem içadas, e além disso o navio poderia ser encolhido, a ponto de ser guardado no bolso ou em uma bolsa.

Por sua vez os anões deram a Odin um anel de ouro chamado Draupnir, o qual a cada nove noites, ele se multiplicava, criando anéis idênticos. Para Freyr eles deram o javali de crina dourada (Gullinbursti), o qual possuía o poder de correr pelos ares e sobre a água. Por fim, os anões deram para Thor um martelo de cabo curto, chamado Mjölnir o qual se tornou a principal arma e símbolo do deus dos trovões e raios. Os três deuses consideraram o martelo o mais precioso dos presentes.
O martelo concedeu imenso poder a Thor, canalizando suas forças, de forma a lançar raios, e ao mesmo tempo esmagar inimigos, pedras e montanhas. Além disso, os mitos contam que Thor arremessava o martelo e este sempre retornava a sua mão. Contudo, diferente das histórias em quadrinhos, outras pessoas conseguiam erguer o martelo, tal fato fica evidente quando o Mjölnir foi roubado uma vez.


OBSERVAÇÃO: Imagem- Os anões Brokk e Eitri, Loki e os presentes feitos por ele, em destaque o martelo Mjölnir.


Fontes:
STURLUSON, Snorri. Edda em prosa. Tradução, apresentação e notas de Marcelo Magalhães Lima. Rio de Janeiro, Numen, 1993.
INDOW, John. Norse Mythology: A guide to the gods, heroes, rituals, and beliefs. New York, Oxford University Press, 2001.
DAVIDSON, Hilda. Thor hammer. Folklore, n. 76, 1965, p. 1-15.
DAVIDSON, Hilda. O deus do trovão. Deuses e mitos no norte da Europa. São Paulo, Madras, 2004, p. 61-77.
EDDA Mayor. Tradução e notas de Luis Lerate. Madrid, Alianza Editorial, S.A, 1984
site- Seguindo passos historia ( no site tem mais fontes e textos)

#Nimue

Anões e Elfos, part. 2 :

- Desonesto é aquele que diz adeus quando a estrada escurece - disse Gimli.

- Talvez - disse Elrond -, mas não jure que caminhará no escuro aquele que não viu o cair da noite.

- Ainda assim, o juramento feito pode fortalecer o coração que treme - disse Gimli.

- Ou destruí-lo - disse Elrond. - Não olhem muito à frente! Mas partam agora com coragem nos corações! Adeus, e que a bênção dos elfos e dos homens e de todos os Povos Livres os acompanhe. Que as estrelas brilhem em seus rostos!'' - A Sociedade do Anel, J.R.R. Tolkien.

 Anões e Elfos escuros. Part.2

Algumas fontes não diferenciam os anões dos elfos escuros, atribuindo-lhes a mesma origem, com características, habilidades e nomes idênticos. Habitavam ora a terra- nos rocheados e grutas- ora o reino de Nidvelir.

Tanto os anões quanto os elfos confeccionavam objetos ou armas mágicas para as divindades- como a fecha encatada Gungnir, que jamais errava o alvo; o anel mágico Draupnir, de Odin, que se multiplicava nove vezes a cada nona noite; o poderoso martelo Mjollnir, de Thor, que voltava ás mãos de quem arremessava; o javali de ouro Gullinbursti, que brilhava no escuro; o barco mágico de Frey, Skidblandnir, que podia ser diminuído até caber no bolso; o cabelo de ouro da deusa Sif; o palácio inacessível da curandeira Mengloth, e, por fim, Brisingamen, o colar mágico de Freya.

Além de suas habilidades mágicas e manuais, atribuía-se aos anões o dom da onisciência, da premonição e da sabedoria. Foram eles os responsáveis pela preparação do elixir da inspiração Odhroerir, feito do sangue de Kvasir misturado com mel, frutas e ervas.

Os anões continuam sendo personagens das fábulas e dos contos de fada e recebem nomes e descrições diferentes conforme o país de origem( gnomos, mineiros, tomte, kobolds, goblins ou brownies). Segundo uma crença, que persistiu por muito tempo, o eco era criado pelos gnomos da montanha, que imitavam a voz humana.

As oferendas para atrair a proteção e a boa vontade dos gnomos incluíam pedaços de metais, pedras semipreciosas, cristais, moedas ou pirita, leite com mel e gengibre, manteiga e ervas aromáticas, principalmente tomilho e manjericão. Como os gnomos têm pavor de objetos de ferro pontiagudos, nos rituais a eles dedicados jamais devem ser apontados para eles o punhal ou a espada. Eles também temem as figuras grotescas- como as carrancas ou gárgulas-, o que levavam os vikings a remover as figuras de dragões e serpentes de seus navios ao se aproximar do litoral.

[...]'' Era também o calabouço  para seus prisioneiros. Assim, para a caverna levaram Thorin- não com muita gentileza, pois eles não morriam de amores por anões e pensavam que ele era um inimigo. Nos dias antigos, haviam travado guerras com alguns anões, a quem acusavam de roubarem seus tesouros . É justo dizer que os anões contavam uma história diferente , e diziam que apenas pegaram o que lhes era devido, pois o rei dos Elfos negociara com eles para que trabalhassem seu ouro e prata brutos, e depois recusara-se a pagar-lhes o que devia. Se o Rei dos Elfos tinha um fraco, era por tesouros, especialmente prata e pedras brancas, e, embora seu estoque fosse rico, estava sempre ávido por mais, já que ainda não detinha um tesouro tão grande como o dos grandes Reis Élficos de antigamente. Seu povo não fazia mineração nem trabalhava metais ou pedras; também não se preocupava muito com o comércio ou com o cultivo da terra. Tudo isso os anões sabiam muito bem, embora a família de Thorin não tivesse nada a ver com a velha disputa de que falei.  Consequentemente, Thorin, quando desfizeram o encantamento e ele voltou a si, ficou furioso com o tratamento que lhe haviam dispensado; além disso estava determinado a não permitir que lhe arrancassem nenhuma palavra sobre ouro ou pedras preciosas.'' - O Hobbit, J.R.R. Tolkien, pág. 163

OBSERVAÇÃO: Como prometido, '' Anões e Elfos''. Espero, novamente, que vocês tenham gostado! Não falei somente dos Anões e Elfos, voltei com alguns aspectos da primeira parte, como a origem dos nomes e algumas características dos Anões. Boa noite, e como sempre digo, se caso houver algo que não condiz, ou, algo a mais que você saiba, é só compartilhar! Imagem: Gimli e Legolas.

Fonte:
Livro- Mistérios Nórdicos, Mirella Faur ( https://books.google.com.br/books?id=7bAm16aGFIUC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false )
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Anões( Svartalfar, Dwarfs, Zwerge) Part.1

...Que suas barbas nunca deixem de crescer!( Bilbo para Thorin, filho de Thrain, Escudo de Carvalho.)

Anões( Svartalfar, Dwarfs, Zwerge) Part.1

Nas Lendas e nos mitos nórdicos, são inúmeros os episódios que são descritas aparições e atividades dos anões, conhecidos como gnomos nas mitologias celta e eslava.
Os anões eram seres telúricos, que moravam nos subterrâneos de Midgard, no reino de Svartalfheim, e se deixavam ver pelos homens na proximidade de grutas, minas e montanhas. Simbolizavam os poderes mágicos, detinham habilidades manuais e artísticas e conheciam os tesouros escondidos. Também personificavam a força elementar telúrica, pois tinham qualidades como tenacidade, destreza, laboriosidade e longevidade, mas também eram egoístas, mesquinhos, ladinos e ávidos por riquezas.

Os mitos atribuem sua origem á decomposição do cadáver do gigante Ymir, do qual emergiram como larvas, recebendo depois dos deuses a forma humanóide, a inteligência e as habilidades manuais. No poema ''Völuspa'', sugere-se que tenham surgido do sangue e dos ossos de gigantes. Não há relatos de anões do sexo feminino, por isso são comuns as cópulas dos anões com deusas e mortais, em troca das jóias por eles fabricadas. Foi assim que quatro deles conseguiram fazer amor com a deusa Freya, cedendo-lhe depois o famoso colar mágico Brisingamen.

Os anões são descritos como homensinhos de cabeça grande, longas barbas grisalhas, tronco atarracado, pernas curtas e rosto muito enrugado. Vestiam-se com roupas de couro, aventais com bolsos onde guardavam suas ferramentas, e gorros que lhes conferiam o dom da invisibilidade( ele podiam subitamente desaparecer no meio de uma névoa). Podiam ser prestativos e amáveis, ajudando os humanos a moer grãos, fazer pão, preparar cerveja, ajudar na colheita e na armazenagem dos produtos. Seus nomes indicavam suas atribuições: os tomte cuidavam dos cavalos; os tusse, das fazendas; os haugbo, da terra; os nisse, dos barcos; os gruvra, das minas; e os nokk, dos rios. Se fossem humilhados ou agredidos, vingavam-se dos agressores prejudicando-os, escondendo seus objetos ou pregando peças.

Alguns dos anões mais conhecidos são relacionados abaixo:

Andvari- colecionador de ouro, rei dos anões e guardião do famoso '' ouro dos Nibelungen''. Ao ser forçado por Loki a lhe entregar seu tesouro, lançou sobre ele uma maldição, suposta causa do castigo ao qual Loki foi submetido posteriormente.

Brokk e Sindri- exímios ferreiros e ouvires, filhos de Ivaldi, um famoso artesão. Responsáveis pela confecção dos objetos mágicos e das jóias já citados.

Dain e Dvalinn- irmãos muito sábios, ensinavam os mitos e as magias para os elfos e os outros anões.

Fjalarr e Galarr- Irmãos que mataram Kvasir e de seu sangue fizeram Odhroerir, o elixir da inspiração poética e artística. Presos pelo gigante Suttung, entregaram-lhe o elixir em troca de suas vidas( Odhroerir também era conhecido como '' o barco dos anões''). Suttung encarregou sua filha, Gunnlod, de guardar o precioso elixir, mas ela o entregou a Odin, após ser seduzida por ele.

CURIOSIDADE: Na alquimia, os gnomos são interpretados como o mercúrio e o enxofre, os dois elementos responsáveis pela criação da pedra filosofal e do elixir da longevidade. Outra interpretação lhes atribui a conotação da matéria e espírito, e sua união e harmonização eram o verdadeiro objetivo do trabalho e da arte alquímica.

'' Em suma: os anões não são heróis, mas um um povo calculista, que têm em alta quanto o valor do dinheiro; alguns são ladinos e traiçoeiros, pessoas muito más; outros, não, são decentes o bastante como Thorin e Companhia, não se espera muito deles.''- Pág. 208, O Hobbit, J.R.R.Tolkien

OBSERVAÇÃO: Boa noite Guerreiros e Valquírias, tudo bem ? Hoje teve esse simples post sobre Anões. Espero que vocês tenham gostado, e como podem perceber, ficou faltando a parte dos anões com os Elfos. Porém, vai ficar para amanhã. Vai ter partes do livro do nosso querido J.R.R.Tolkien, porque sim <3 Como vocês podem imaginar, demora muito para transcrever, portando vou fazer isso amanhã. Obrigada por lerem e compartilharem nossos textos e imagens :) Beijos de luz!
Fonte:
Livro- Mistérios Nórdicos, Mirella Faur. Páginas: 60, 61 e 62
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Poemas nas guerras:

''...Só um idiota deseja guerra , mas assim que a guerra começa ela não pode se lutada com meia vontade. Nem pode ser lutada com arrependimento , mas deve ser levada com uma alegria terrível em derrotar o inimigo , e é essa alegria selvagem que inspira nossos bardos a escrever suas maiores canções de amor e guerra. Nós , guerreiros , nos vestíamos para a batalha como nos enfeitávamos para o amor : fazíamo-nos belos, usávamos nosso ouro , púnhamos cristas nos elmos engastados de prata, andávamos empertigados , cantávamos vantagem ,e quando as lâminas assassinas chegavam perto sentíamos como se o sangue dos Deuses corresse em nossas veias. O homem deve amar a paz , mas se não puder lutar de todo coração não terá paz.'' — Excalibur - Bernard Cornwell , Crônicas de Artur.

Livro: Excalibur, Bernard Cornwell. 

Guerreiros recitavam poemas em campos de batalha. Na hora do embate, enquanto alguns tremiam, outros improvisavam versos. Criar estrofes e recitá-las era considerado uma habilidade essencial do homem nórdico e estava presente do café da manhã ao jantar. Qualquer situação era motivo para declamar. O historiador islandês medieval Snorri Sturluson, autor do Edda em Prosa, considerada a maior fonte literária da mitologia nórdica, descreveu na Saga de St. Olaf, datada de 1230, um episódio que ilustra bem esse apreço. Logo antes da batalha de Stiklestad, em 1030, o rei Olaf 2°, da Noruega, pediu ao poeta do reino recitar alguns versos. Foram tão épicos que os sobreviventes agradeceram ao poeta por ter levantado a moral da tropa antes da derrota (o rei foi morto). A poesia eddaica tinha enredos envolventes em estrofes curtas, gravadas em pedras e pedaços de madeira. Os nórdicos tinham um incrível poder de concisão.


CURIOSIDADE: A poesia nórdica medieval é dividida entre poesia
eddaica e poesia skaldica. A poesia eddaica tinha como objetivo narrar as aventuras de deuses e heróis mitológicos, como os deuses Odin e Loki ou o herói Sigurd, enquanto a poesia skaldica tinha como objetivo recitar e enaltecer os feitos de condes, reis e heróis nórdicos, como os reis Ragnar Lodbrok e Olaf Tryggvason ou o herói Egil Skallagrimsson.

Fontes:
Livro- Excalibur, Crônicas de Artur
SUPER Vikings- A história Real
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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Guerreiros da Gália:

Guerreiros com rosto e corpo pintados de Azul? Quem eram?

Quem assistiu o filme Coração Valente, que conta a história do escocês William Wallace, vai recordar que na batalha final, ele, assim como seus homens pintam o rosto e o corpo de azul, isso deve-se a tradição celta que era mais comum entre os Pictos da Escócia.

Na última batalha de Boudicca, seu exército seguiu a tradição pintando seus corpos de azul, muitos deles nus, portanto lanças e espadas enquanto brandiam e gritavam ao som de tambores e cornetas.

A bravura dos guerreiros celtas sempre é citada em qualquer livro sobre esta civilização. Os celtas foram objeto de observações de vários autores romanos, que os descreviam como um povo bárbaro, inclusive Júlio César narrou sua conquista sobre a Gália nos famosos sete volumes do “De bello gallico” (ou “Sobre a guerra gálica”). Outros aspectos das características celtas são sempre destacados por esses autores de Roma. Um dos mais célebres relatos é do historiador romano Deodoro:

“... O aspecto é aterrorizante... São altos de estatura, com fortes músculos sob uma clara pele branca. Têm cabelos loiros, no entanto, não é um loiro natural: eles os descolorem... e os penteiam para trás. Parecem demônios de madeira, com seus cabelos grossos e despenteados como crina de cavalo. Alguns têm a face barbeada, mas outros – em especial altos dignitários - barbeiam as bochechas mas mantêm um bigode que cobre toda a boca... Eles vestem camisas bordadas e coloridas, com calças chamadas bracae e um manto preso aos ombros por um broche, escuro no inverno e claro no verão. Esses mantos são listrados ou quadriculados e possuem diversas cores...”

O espanto de Deodoro é bastante evidente. Neste pequeno trecho ele cita o aspecto “aterrorizante” dos celtas e, de certa forma, ele não estava errado. Em batalhas, os guerreiros celtas usavam os conhecidos capacetes com chifres, pintavam o corpo com tinta azul, era comum irem descalços e os guerreiros se organizavam de forma caótica em comparação as legiões romanas. Mas o fator que mais chamava a atenção destes autores era o hábito dos celtas conservarem as cabeças dos oponentes de grande importância, quase como um troféu. A cabeça após ser decapitada era mantida em caixas de madeira.

A imagem representa uma das conquistas dos celtas no norte da Itália na época 280 a.C.

O estudo sobre o dia-a-dia deste povo é um grande desafio que aos poucos está sendo superado. A falta de registros escritos sobre o seu cotidiano é o grande obstáculo, pois os celtas não o fizeram de nenhuma forma. Crê-se que foram os Druidas que proibiram o registro escrito, mas esse fato também não se confirma. Os únicos relatos que se dispõe são de autoria greco-romana e, em diversos aspectos, as informações podem não ser integralmente verdadeiras.

OBSERVAÇÃO: A Britânia como reduto celta era formada por diversas tribos e é fato que não eram coesas, havendo desde antes da chegada dos romanos, disputas territoriais. Porém, com a chegada dos romanos as tribos se juntaram para derrubar um inimigo em comum. E foi assim que os celtas foram conhecidos. Coloquei algumas citações como o Filme '' Coração Valente'' e ''A revolta de Boudica'' (60-62), que em sua ira essa grande rainha conseguiu o que apenas Vercingetorix na Gália havia conseguido quase um século antes; unir tribos celtas.Depois vou fazer um texto somente sobre ela e um outro sobre a Origem da palavra ''Celta''. Espero que tenham gostado :)
Fontes:
http://www.historiadomundo.com.br/celta/sociedade-celta.htm
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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Mitologia Nórdica: Chifres nos elmos? Verdade ou Mito?


Totalmente mito! ‘’Muitas imagens fantasiosas foram ligadas a eles( Vikings), e dentre as principais estavam o elmo de chifres, o berseker e a execução medonha chamada de ‘’arreganhado’’( spread-eagle) em que as costelas da vítima eram rasgadas e separadas para expor os pulmões e o coração. Isso parece ter sido uma invenção posterior, assim como a existência do berserker, o guerreiro nu e enlouquecido que atacava num frenesi insano. Sem dúvida havia guerreiros em frenesis insanos, mas há evidência de que nudistas lunáticos aparecessem regularmente no campo de batalha. O mesmo é verdadeiro com relação ao elmo com chifres, para qual não há absolutamente qualquer prova contemporânea, Os guerreiros vikings eram sensatos demais para colocar um par de protuberâncias nos elmos, posicionadas de modo ideal para permitir ao inimigo derrubá-lo da cabeça. É uma pena abandonar esse ícone do elmos com chifres, mas infelizmente eles não existiram.’’- Bernard Cornwell, pag.360

O elmo com chifres passou a se tornar popular não no período medieval propriamente, mas sim a partir do século XIX com o Romantismo, o qual influenciou uma onde de nacionalismos europeus, onde pintores passaram a pintar sobre os ancestrais de seus países. Pelo fato de que a arqueologia ainda estava se desenvolvendo naquele século, muito sobre a história viking e seus costumes e cultura era desconhecido, e o pouco que se sabia advinha de alguns relatos escritos, principalmente de estrangeiros, pois os vikings não usaram o alfabeto rúnico para escrever sua história.

Logo, alguns destes relatos referiam-se aos vikings como cruéis bárbaros do Norte, que assolavam mosteiros e os mares com a pirataria. Que matavam cristãos a sangue frio e com resquícios de crueldade. Além disso, os pintores que desconheciam a história viking foram buscar inspiração em outros locais, logo, passaram a pintá-los com elmos adornados com asas (algo característico dos celtas, pois havia capacetes adornado com asas, mas era algo ligado a ornamentação, e não ao uso prático no campo de batalha).

Todavia, as asas foram substituídas pelos chifres, por parecerem mais apropriados a imagem "diabólica" daquele povo, além do fato, que na Idade Média, os chifres eram associados ao mal, aos demônios e a Satã. Logo, tomando como referência relatos cristãos que falavam de selvagens do Norte que pareciam ter saído do Inferno, o elmo com chifres caiu de forma apropriada para esse imaginário que continuou a ser reelaborado pelo século XIX e XX, e ainda hoje, se encontra presente em algumas representações e fixado no imaginário comum. No entanto, muitos livros e produções recentes estão combatendo essa visão deturpada da vestimenta viking e de alguns aspectos da sua cultura.

Nessa imagem, esse seria o elmo usado pelos vikings. É importante mencionar que o uso de armaduras entre os vikings não foi algo comum. O uso de cota de malha se devia principalmente aos que tinham condições financeiras para comprá-la, pois era algo caro, ou teria a herdado do pai, do avô, ou a roubou. Muitos vikings iriam para o campo de batalha utilizando suas vestes normais, ou até mesmo poderiam ir sem camisa.
Fontes:
Livro- O último Reino, Bernard Cornwell, Nota Histórica.
Blog-Seguindo os passos História
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Saxões:




Os Saxões foram um povo de origem germânica que conquistaram a região da Inglaterra. Eles se organizaram, inicialmente, ao sul do rio Elba, região que hoje conhecemos como noroeste da Alemanha e leste da Holanda. Esse povo germânico iniciou um processo de migração para o sul. A partir da saída dos Saxões de seu território original, tiveram muita influência na constituição de outros povos em outros lugares.

Foram mencionados pela primeira vez pelo geógrafo grego Ptolomeu que os localizou no sul da Jutlândia e no atual Schleswig-Holstein, de onde aparentemente se expandiram para sul e para oeste.

Já no século I, os Saxões se mostraram importantes em processos de unificação de regiões da Inglaterra. Dois séculos mais tarde, dedicaram-se à pirataria no Mar do Norte e no Canal da Mancha e chegaram a ocupar o sul da Bretanha. Mas é a partir do século IV que temos maiores informações sobre eventos envolvendo os Saxões.

Ainda estabelecidos no sul da Bretanha, desenvolveram um sistema de organização baseado em comunidades autônomas que elegiam um chefe comum para o período de um ano. Na transição do século IV para o V, os Saxões iniciaram grandes investidas contra as Ilhas Britânicas com o intuito de promover a colonização de tais áreas. Nesta ocasião, os romanos foram se retirando gradativamente do território, isso abriu espaço para um processo lento de dominação dos Saxões que se estendeu até o século IX. Partindo do leste, eles capturaram o centro da ilha, restando os territórios da atual Escócia, Cornualha e do atual País de Gales livres. Novas investidas ocorreram e os Saxões tomaram também o que seria a Escócia e a Cornualha. Apesar da perda de territórios, o território que identificamos atualmente como País de Gales não foi dominado.

Os Saxões foram responsáveis pela colonização e dominação de grandes porções de terra na Grã-Bretanha, sendo também os responsáveis por derrotarem os celtas. O grande avanço dos Saxões sobre a região da Bretanha culminou então na conquista também do que seria o território do País de Gales. Como os povos da região não tinham mais condições de oferecer qualquer resistência aos Saxões, estes acabaram se tornando os grandes donos da Inglaterra.

O autor Bernard Cornwell, em suas Crônicas Saxônicas, descreve vários detalhes da vida deste povo.

'' Alfredo foi o rei que preservou a ideia da Inglaterra, que seu filho, sua filha e neto tornaram explícita. Numa época de grande perigo, em que os reinos ingleses estiveram perigosamente próximos da extinção, ele ofereceu um anteparo que permitiu a sobrevivência da cultura anglo-saxã. Suas realizações foram maiores do que isso, mas sua história está longe de terminar, de modo que Uhtred continuará em campanha.''- Bernard Cornwell, Nota Histórica( O último Reino), pag.362
Livro 1- O último Reino, Bernard Cornwell

Foi no século IX que os Saxões enfrentaram seus maiores desafios. O primeiro forte ataque sofrido por esse povo foi resultado de uma investida dos Vikings, originários da Dinamarca, que buscavam terras nas áreas inglesas para se instalarem. A ofensiva foi poderosa e conseguiram tomar grande parte do território dos Saxões, mas os Vikings foram barrados e expulsos da Inglaterra na defesa organizada por Alfredo, o Grande. O reino dos Saxões chegaria ao fim somente no século XI, quando outro povo empreenderia uma ofensiva da qual não foi possível revidar. Os normandos enfim conquistaram o território sob a liderança de Guilherme, o Conquistador.
OBSERVAÇÃO: Essa imagem retrata 08 de janeiro, 871. Alfredo, O grande liderou o exército de seu irmão (Ethelred de Wessex) contra os dinamarqueses invasores na batalha de Ashdown.
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A sociedade viking:

Série: Vikings.

A sociedade viking dependendo da época estava dividida da seguinte forma:

• Nobreza e aristocracia (jarl);
• Camponeses, pastores, caçadores, artesãos, mercadores, etc. (karl);
• Escravos (thrall).

O termo jarl também era utilizado para se referir a algum senhor importante, geralmente um rico fazendeiro da aristocracia rural. A ideia de reis vikings começou a se tornar mais frequente a partir da segunda metade do século X, quando começaram a surgir alguns importantes reis na Noruega e Dinamarca, como será visto adiante. Embora se encontrem menções há reis nórdicos antes da Era Viking.

"Antes da época viking, o poder já se concentrava em volta de um punhado de famílias dinásticas que controlavam a riqueza de uma região. O dirigente local era também um chefe militar, chefe religioso, administrador e garantidor da paz dentro da área que controlava". (CLARKE, 2006, p. 41).

Os vikings não chegaram a adotar o feudalismo. Entretanto, entre eles havia algo bem similar a suserania e vassalagem, onde serviços eram prestados tanto ao rei como a outros jarl, algo que fora difundido pelos países feudais. Devo lembrar que nem toda a Europa adotou o feudalismo. No caso viking, os jarl em geral se comprometiam a prestar lealdade ao rei, assim como, atender sua convocação para participar de expedições militares ou de campanhas de guerra. O mesmo era válido para os jarl, os quais também convocavam entre suas comunidades, homens para servir como guerreiros. Além desse dever bélico, o jarl se comprometiam a pagar tributos ao rei, assim como, os karl também pagavam tributos ao jarl.

No que diz respeito a classe dos karl, estes representavam a camada de livres trabalhadores. Pois não teriam recursos suficientes para serem inseridos no patamar dos ricos os quais formavam a nobreza e a aristocracia. Por sua vez, os thralls realizavam vários tipos de ofícios, principalmente relacionados ao trabalho manual e o trabalho doméstico. Os escravos poderiam ser prisioneiros de guerra ou eram comprados no leste, pois os povos eslavos mantiveram um duradouro comércio de escravos pela Idade Média na Europa oriental, não sendo à toa que a palavra inglesa para escravo (slave) deriva do nome eslavo (slav).

OBSERVAÇÃO: Na série Vikings do History channel os personagens: Ragnar, Lagertha e entre outros são chamados de ''Earl''. O título é anglo-saxão, semelhante à forma Jarl escandinavo, e significava "chefe", particularmente um chefe posta para governar um território em vez de um rei. Na Escandinávia, tornou-se obsoleto na Idade Média e foi substituído com duque (Hertig).
fontes:
Crouch, David (2002). The Normans. ISBN 1-85285-387-5.
Morris, Marc (December 2005). "The King's Companions". History Today.
Lindström, Fredrik; Lindström, Henrik (2006). Svitjods undergång och Sveriges födelse. Albert Bonniers förlag.
Seguindo passos História- site
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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Mitologia Celta- Fadas, Deusa Aine, part.2/2

''Senhora das Colinas, Filha do mar, Rainha radiante das Fadas,
Linda Aine Brilhante, Aine Chlair, que rege o calor do verão,
Venha a nós, estenda teu manto dourado e nos abençoe.
Deusa que ilumina os caminhos e orienta nossos passos
Traga alegria e harmonia para nossos corações,
Lavaremos nossos rostos com nove raios do sol
Encontraremos a paz envoltas pelo manto dourado de Aine,
Seremos abençoados ao acordar e quando deitar.
Durante o dia e à noite, quando chegarmos e sairmos,
A luz estará na nossa frente, atrás de nós, dentro de nós e fora de nós,
Pois o manto dourado de Aine Cil sempre nos envolverá.
Senhora da Luz, nós te louvamos,
Te reverenciamos e sempre respeitaremos o teu legado!
Aine, Grande Deusa da Irlanda
Deusa da Lua, do amor
Encorajadora da paixão no coração dos homens
Invoco o teu poder, vem até mim
Rainha das Fadas de Munster
Tu que governas a agricultura, a fertilidade, as colheitas e os animais
Sol dourado que se transforma em Lair Derg,
A égua vermelha que ninguém pode domar,
Me ensina teus mistérios, compartilha comigo tua sabedoria
Tu que és a Mãe, mostrando tua face curadora nos lagos e fontes
Tu que és a Anciã, Leannan Sidhe, que aparece aos mortais com tua grande beleza
Para levá-los ao Outro Mundo.
Eu te invoco Aine, Grande Mãe
Toque a cabeça dos meus filhos para crescerem fortes
Deixe teu pó dourado cobrir meus lábios
Para atrair os beijos do meu amado
Pare a mão daqueles que cortam as árvores,
Ajude-os a descobrir como tornar a terra verde
Fortalece a mão de quem planta sementes
Nos campos e terras áridas.
Ajuda as flores a se transformarem em frutos
Que sejam degustados por todos com gratidão por Ti
Faça ouvir teu canto suave até os cantos remotos da Terra
Nutra as águas da minha alma
Toque-me com Tua sabedoria
Ao despertar em cada dia
Para que a luz do teu brilho
Desperte a minha luz interior
Abençoada sejas
Aine Deusa dourada!''-
invocações tradicionais para Aine.


Aine é irmã gêmea de Grian, a “Rainha dos Elfos” e também foi considerada como um dos aspectos da Deusa Mãe celta Ana, Anu, Danu ou Don. Grian e Aine alternavam-se na regência do ciclo solar na Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício. Aine foi mencionada pela primeira vez em 890-910 no dicionário Sanas Cormaic com explicações em latim da etimologia dos termos irlandeses. Mais tarde, apareceram menções no século XII no livro Táin Bó Cúailnge e no século XV emCath Finntrágha sobre a relação da Deusa com os cairns e resquícios neolíticos encontrados em duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra à deusa Aine. Uma colina, a três milhas a sudoeste do lago é chamada Knockaine (em homenagem à deusa) e lá se encontra uma pedra que confere inspiração poética a seus devotos merecedores e leva à loucura àqueles que forem punidos pela falta de respeito com os lugares sagrados. Do topo da colinapodem ser avistados inúmeros locais associados com seres míticos, detalhes topográficos do mito de Aine (como os castelos dos reis) e das batalhas reais entre conquistadores e nativos.


Aine tinha o poder de metamorfose, se transformando tanto em um cisne branco, quanto em uma égua vermelha de nome Lair Derg, e que ninguém conseguia alcançá-la. Acreditava-se que na noite do Solstício de Verão, moças virgens, que pernoitassem na colina de Knockaine, poderiam ver a Rainha das Fadas passando com toda a sua comitiva. O mundo das fadas só se tornava visível pelos portais mágicos, chamados “anéis de fada”, círculos marcados na grama ou no meio de árvores, que eram indicados pela própria Aine. Uma gruta de Knockaddon supunha-se ser ligada a Tir na n’og (o “Outro Mundo” celta) e de lá Aine chegava no Lammas para dar à luz a um feixe de grãos, o seu filho Eithne (o termo gaélico para grãos). Três dias no ano eram dedicados à ela: a primeira sexta-feira, sábado e domingo após o Sabbat de Lammas. Era nestes dias que ela retornava como uma mulher sábia, que ensinava aos homens como caminhar em união e amor sobre a terra, domínio da sua mãe, a deusa Danu. No Sabbat Samhain dizia-se que Aine saia das suas colinas cavalgando um touro vermelho e era reverenciada com fogueiras acesas em todas as colinas sagradas. Sendo associada com os Sabbats, Aine podia se manifestar como a Donzela da primavera, a Mãe das colheitas e a Anciã do mundo subterrâneo. Como Donzela aparecia também como uma sereia, que penteava seus longos cabelos com um pente de ouro na margem do lago, continuando a fazer isso até o pente ia ser gasto e seu cabelos ficando brancos. Nos dias dedicados a Aine era proibido derramar sangue, para que a centelha vital não se esvaísse do corpo de outros animais ou doentes. Às vezes ela era vista numa barco junto com seu pai Manannan ajudando os marinheiros perdidos. Durante a grande fome ocasionada pela crise irlandesa das batatas, Aine aparecia no topo da sua colina entregando comida para os famintos.

   Aine era invocada no Solstício de verão na colina de Knockaine para ritos de amor, fertilidade e abundância das colheitas, prosperidade das pessoas, separações e desfechos dolorosos nas relações amorosas. Ela ampliava a visão e podia facilitar o contato com o mundo das Fadas, potencializando os poderes mágicos e extrassensoriais. Os camponeses saiam em procissão após acenderem as fogueiras na sua colina e caminhavam pelos campos com tochas acesas, feitas com feixes de palhas e ervas solares amarrados em postes. Eles purificavam os campos e o gado com as chamas, pedindo proteção e fertilidade e esperavam que Aine e os Sidhe aparecessem para eles, abrindo um portal para o Outro Mundo. As cinzas das fogueiras eram espalhadas depois nos campos para atrair fertilidade. Nas noites de lua cheia, os doentes eram levados para se banharem no Lough Gur; se até o nono dia eles não se curavam, as pessoas sabiam que em breve iriam ouvir o canto das ancestrais Banshee, prenunciando-lhes um sono profundo e sem dor, durante qual iam passar para o reino dos Sidhe. Após a sua passagem, havia uma vigília prolongada, quando os familiares se reuniam entoando os cantos de lamento chamados keenings, dádiva dasbanshees.

   As mulheres idosas honram ainda Aine no Samhain e Litha e queimam ervas aromáticas para purificar as casas e afastar as doenças. Elas acreditam que foi Aine que impregnou o aroma nas flores e frutos e que seu brilho aquece os corpos e ilumina as almas. Apesar da sua memoria ter se perdido na bruma dos tempos, os velhos costumes e tradições guardados no folclore são resgatados por pesquisadores e adeptos atuais das tradições celtas. Cada ano, um número maior de pessoas se reúne no solstício de verão na colina Knockaine, saúda o nascer do sol e homenageia Aine, “A Brilhante” com canções, orações e oferendas de flores, grãos e leite.

   A mensagem que Aine traz para as mulheres atuais é acreditar no seu próprio poder, firme e forte, mas envolto na cor diáfana da suavidade amorosa. Ela nutre o corpo e o espírito com calor e luz, sendo protetora da natureza vegetal, animal e humana. Aine confere fertilidade física, mental e espiritual, apoia e incentiva o alcance dos sonhos e ambições com palavras que poderiam ser resumidas nesta frase: ”arrisque-se e coloque o desejo do seu coração em ação!”. Mesmo quando os planos iniciais não se concretizaram, a mulher deve seguir adiante, com coragem e confiança, sem permitir que opiniões e movimentos alheios impeçam a busca dos seus objetivos. Ficar parada ou lamentar perdas e fracassos não leva a nada e o tempo passa sem perceber, deixando para trás lamentos, remorsos e inação. São as perdas e fracassos do passado que nos ensinam a viver melhor, não se pode julgar uma decisão passada com o discernimento do presente, pois as decisões são tomadas com a consciência do momento. É importante saber qual é a missão que a mulher veio realizar no mundo e se empenhar para cumpri-la, com todas as suas forças. “Confiar, se preparar e agir” é o legado deixado por Aine para as mulheres; após ter refletido, tomado uma decisão e estabelecido um plano de ação, deve ser dado inicio ao caminho escolhido, com pequenos e cautelosos passos, sem parar, titubear ou recuar. Com a ajuda de Aine, as mulheres podem resgatar, diversificar e expressar o ilimitado potencial da natureza e essência feminina.

   Aine pode ser invocada em ritos de amor, fertilidade, na gravidez, magia natural com a ajuda das fadas, abundância, prosperidade, separação dolorosa, para punir traições e ofensas das mulheres por homens, quebras de promessas e exploração da terra. Ela amplia nossa visão e pode facilitar o contato com os mundos sutis; por dominar as artes mágicas, Aine auxilia a potencializar os dons mágicos e extrassensoriais, sendo-lhe atribuído o poder da energia vital, a centelha sagrada que sustenta os seres vivos.
  
Seus símbolos mágicos são: égua vermelha, lebre, gado, ganso selvagem, cisne, plantações férteis, bastão, sinos, flores, trevo de três folhas, madressilva, angélica, amoras, sabugueiro, linho, alho, artemísia, lavanda, urtiga, hera, visco, azevinho, bétula, freixo, teixo, carvalho, fitas multicoloridas e harpa.


Fonte: Mirella Faur.

Mitologia Celta- Fadas, parte.1/2

  “O povo das fadas” (chamado em gaélico de Sidhe), conhecido das lendas e mitos celtas é remanescente dos primitivos povos pré-celtas, que habitavam as Ilhas Britânicas desde a Idade de Bronze. Eles eram descendentes dos Tuatha de Danann, o “Povo da deusa Danu”, misteriosos seres míticos de natureza sutil, que conquistaram a Irlanda após vencerem os primeiros colonizadores- Fir Bolg, e que depois foram vencidos pelos Milesianos. Com a mudança das crenças religiosas e espirituais, os Tuatha de Danann não mais recebiam a sustentação da sua egrégora pelo reconhecimento e a gratidão dos seres humanos perante os seus dons e se afastaram cada vez mais da dimensão material, tecendo um véu de invisibilidade ao redor do seu mundo. Para se protegerem da violência das guerras - sendo eles seres pacíficos - se retiraram para outra dimensão, sutil, a ilha mágica Tyr na n’Og, “A terra debaixo das águas”, situada no Oeste da Irlanda e invisível aos homens. Uma parte deles se refugiou nas montanhas, colinas, florestas e grutas e as repartiu entre si, sendo conhecidos como “O velho povo, Os bons vizinhos, O povo das colinas”, Fairy people ou Fay e suas moradas (barrows) nas colinas ou elevações de terra chamadas de side ou sidhe(pronuncia-se “chee”), nome que aos poucos passou a ser confundido com os próprios seres.


   A comprovação deste fato encontra-se na crença comum entre as diversas nações celtas sobre a existência de uma raça de seres sutis, obrigada pelas tribos invasoras a se retirar para o “Outro mundo”, descrito como uma dimensão subterrânea, dentro das colinas ou câmaras subterrâneas neolíticas (burial chamber), ou que tinham ido “além-mar”. Pelo fato que osSidhe moravam nas câmaras subterrâneas – que eram usadas para o enterro dos reis - ao longo dos tempos eles passaram a serem confundidos com os espíritos ancestrais e denominados de Bean-sidhe ou Banshee, que anunciavam a morte de parentes e apareciam nas suas vigílias pranteando.

   Os Sidhe eram formados por vários grupos ou ordens, distintas umas das outras, mas que funcionavam como uma coletividade. As terras ocupadas pelos seres feéricos foram chamadas de Fairyland, “a terra das fadas” e seus caminhos e trilhas, imbuídos de energia mágica e telúrica, ficaram conhecidos como ley lines, as linhas de energia da terra, sobre as quais não deveriam ser construídas edificações humanas sob o perigo de eclodirem acontecimentos estranhos ou perniciosos à saúde. Os locais sagrados dos sidhe eram marcados por círculos de pedras, de grama mais verde ou de cogumelos e deviam ser respeitados e evitados pelos seres humanos. No nível mágico, os Sidhe conheciam e manipulavam os poderes dos elementos e por isso, com o passar do tempo e o esquecimento da sua verdadeira origem e poder, eles foram reduzidos às figuras elementais com nomes diferentes em função do elemento em que habitavam ou regiam. Nos contos de fadas lhes foi atribuído o papel de “fadas madrinhas”, conselheiras e protetoras individuais.

   Sidhe para os irlandeses representa o estado intermediário entre um mundo real e o sobrenatural, povoado por seres sutis, etéreos, dificilmente visíveis pelos seres humanos, devido às vibrações densas do mundo material. Com o advento do cristianismo e sua perseguição e proibição, eles esmaeceram na memória do povo, sendo denominados fadas, duendes e representações malignas do folclore, que viviam em outras dimensões entre o mundo material e espiritual. Contudo, seu fundamento psicológico nunca se perdeu e os mistérios ocultos nos contos de fadas e nas crenças populares conservam as reminiscências do antigo culto.

   Aos poucos, as fadas ficaram restritas ao folclore anglo-saxão e celta, conhecidas como protetoras e guardiãs das árvores, flores ou jardins, confundindo-se depois com outras entidades sobrenaturais e, às vezes, sendo consideradas magas e feiticeiras. Foram descritos muitos tipos, desde as belas fadas das flores, árvores, lagos e rios, os simpáticos gnomos protetores das moradias, até as entidades perigosas com dentes pontiagudos e garras afiadas. Presentes em todas as formas e manifestações da natureza, as fadas fizeram parte das lendas e do folclore de vários países, mas nenhum povo como o irlandês conseguiu captar, conhecer e compreender tão bem os Fays, provavelmente por serem seus descendentes. O mundo feérico das fadas ainda vive nas crenças e rituais dos camponeses da Irlanda, País de Gales, Escócia, Inglaterra e Bretanha e conta-se que vários mortais tiveram contato com o povo das fadas, aprendendo delas a arte da poesia, música, dança, metalurgia, tecelagem, magia e cura. A Irlanda até hoje é habitada por duas raças: a visível, dos celtas, e a invisível dos Sidhe, mas que podia ser vista e “visitada” pelos clarividentes e magos. As divindades mais conhecidas, consideradas o “Rei” e a “Rainha das Fadas” são a deusa Aine (pronuncia-se Onyá ou Oine), a regente da fertilidade e o deus Gwynn Ap Nudd (pronuncia-seguin ap niid), o “Senhor do Outro Mundo”.

Fonte: Mirella Faur.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Mitologia Celta- Símbolos, part.2

Nós Celtas:

Existem poucas informações à respeito dos nós e de sua exata simbologia de acordo com cada tipo de dobradura. Mas o que pode concluir a partir do que se tem é que os celtas exprimiam com este tipo de desenho a ideia de que tudo está ligado, amarrado e de forma simbiótica, a evolução de todos se dá de forma conjunta.
É um símbolo da igualdade de essências e da interconexão de toda a vida (como vindo de uma coisa só).





Claddagh:

Como quase tudo o que se tem da cultura dos celtas, a simbologia do Anel Claddagh está inserida em uma lenda:
Por volta do século XVI um jovem ourives apaixonado de Galway chamado Richard Joyce foi raptado por piratas. Pensando na sua donzela, ele desenhou um anel para expressar o que ele sentia. Consistia num coração, como expressão do amor, uma coroa como sua lealdade e em mãos como amizade.
Ao retornar após cinco anos, ficou extasiado ao saber que ela não havia se casado, e a presenteou com o anel. O Claddagh tem sido considerado um presente de casamento desde então.
Outras lendas dizem que o desenho foi trazido das Cruzadas por um rapaz capturado pelos Sarracenos. Qualquer que seja a história, se tornou um forte símbolo de afeição. O coração no centro do desenho representa o amor, as mãos que o circundam representam a amizade, e a coroa em cima (se presente) simboliza fidelidade. Os Claddagh são usados na mão esquerda, virados para o corpo, se seu coração já foi conquistado. Se não, usa-se o anel na mão direita, virado para a unha.




Cruz Celta:


O Símbolo da cruz, bem mais antigo que o cristianismo era uma das principais formas de expressão artística entre os celtas. É seguida em sua base por um círculo, que representa a unicidade e o ciclo eterno.
Associada à coragem e ao heroísmo, a cruz celta ajuda a superar obstáculos e a conquistar vitórias graças aos próprios esforços. Atrai reconhecimento, fama e riqueza, mas essas bênçãos só são garantidas para quem trabalha com afinco e dedicação. Por isso, a cruz celta também concede força de vontade e disposição. A divindade relacionada a esse talismã é Lug, o Senhor da Criação na mitologia celta.


The Celtic Cross, or the High Cross as it is often known, is the oldest cross in Ireland and dates back to around 1200 AD.

Triquetra:


É um símbolo usado na magia, na bruxaria e na Wicca, e representam as três faces da Grande Mãe, a energia criadora do universo, cujas três faces são a Virgem, a Mãe e a Anciã. Também representava as estações do ano, que antigamente era dividido em três fases, primavera, verão e inverno.
A triquetra, em latim triquætra, é similar a um tríscele e pode ser interpretada como uma representação do Infinito nas três dimensões ou a Eternidade. Era um símbolo muito comum na civilização Celta devido o seu enorme poder de proteção. Encontrado inscrito em pedras, capacetes e armaduras de guerra, era interpretado como a interconexão e interpenetração dos níveis Físico, Mental e Espiritual. O círculo no meio, assim como no pentagrama, representa a perfeição e a precisão. Plagiado pelo Cristianismo, este símbolo passou a representar a trindade cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.




Triskelion ou Triskel:

Triskelion é considerado um antigo símbolo indo-europeu, palavra de origem grega, que literalmente significa "três pernas", e, de fato, este símbolo nos lembra três pernas correndo ou três pontas curvadas, uma referência ao movimento da vida e do universo. Na cultura celta é dedicado à Manannán Mac Lir, o Senhor dos Portais entre os mundos.

Tudo indica que o número três era considerado sagrado pelos celtas, reforçando o conceito da triplicidade e da cosmologia celta de: Submundo, Mundo Intermediário e Mundo Superior.
O triskelion também é conhecido por triskle ou triskele, tríscele, triskel, threefold ou espiral tripla, e possui dois grandes aspectos principais de simbolismo implícitos em sua representação, que são:

- Simbologia ligada ao constante movimento de ir, representando: a ação, o progresso, a evolução, a criação e os ciclos de crescimento.

- Simbologia ligada às representações da triplicidade: Corpo, Mente e Espírito; Passado, Presente e Futuro; Primavera, Verão e Inverno... Os ciclos de transformação.

Os nós celtas são variantes entrelaçadas de símbolos do mundo pré-céltico, germânico e céltico.


Representação dos Três Reinos:


O número três nos liga aos reinos do Céu, da Terra e do Mar – elementos que compunham o mundo celta – e por sua vez, formavam os Três Reinos, vistos da seguinte forma:

- O Céu, que está sobre nossa cabeça e nos oferece o Sol, a Lua, as estrelas e as chuvas que fertilizam a terra. Representa a luz, a inspiração (o fogo na cabeça) e os Deuses da criação.

- A Terra, que está sob nossos pés e nos dá o alimento, nos abriga e faz tudo crescer - são as raízes fortes das árvores. Representa o solo, a raiz e os Espíritos da Natureza.

- O Mar, é a água que está em nós, representa o Portal para o Outro Mundo, que sacia a sede e nos dá a vida - sem a água tudo perece e morre. Representa os seres feéricos, a água e os Ancestrais.

Sendo os três elementos interdependentes, onde cada um possui seu significado próprio, mas que dependem um do outro para continuar existindo, permitido assim, que o nosso mundo também exista em perfeita interação.

Essa cosmologia não-dualista é bem diferente dos quatros elementos da visão grega, pois os celtas viam tudo na forma de tríades. Os três reinos representam locais onde há vida e o fogo é a alma que caminha entre eles. Além disso, cada reino era relacionado a um grande caldeirão sustentado por três pernas, que por sua vez, possuíam três atributos diferentes.

Apesar de não haver um mito de criação como outras culturas indo-europeias, havia entre eles a ideia dos Três Mundos, como citamos anteriormente, descritos como:

- O Mundo Celestial: onde as energias cósmicas como o Sol, a Lua e o vento se movem. Associado aos Deuses da criação.

- O Mundo Intermediário: onde nós e a natureza vivemos. Associado aos espíritos da natureza.

- O Submundo: onde os ancestrais e os seres feéricos vivem. Associado ao Outro Mundo.

Portanto, as três pontas do triskelion eram associadas aos Três Reinos ou aos Três Mundos e ao fluxo das estações. E, numa versão moderna, às três fases da Lua vistas no céu: Crescente, Cheia e Minguante.

Com as mesmas características observadas nas espirais, seu movimento a partir do centro, pode ser descrito como no sentido horário ou anti-horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a expansão e crescimento e o sentido anti-horário: a proteção e o recolhimento.
"Tendo em consideração o número três, símbolo sagrado dos Celtas, o qual tanto se apresenta com a forma de tríade como de triskel, a tripla espiral que, girando à volta de um ponto central, simboliza por excelência o universo em expansão." Jean Markale - A Grande Epopéia dos Celtas.

De um modo geral este símbolo está associado ao crescimento pessoal, ao desenvolvimento humano, o fluir da consciência e da expansão espiritual.


Triluna:

A Triluna representa os aspectos da Deusa; Virgem, Mãe e Anciã.

O símbolo começou a ser utilizado com o surgimento da Wicca e das correntes New Age e neo-pagãs, e não possui relatos muito significativos entre povos antigos. Os antigos povos que adoravam deusas lunares comumente desenhavam círculos ou semi círculos (meia luas) como alusão a lua, mas não exatamente da forma como a triluna.

É atualmente muito usado pelas correntes neo-pagãs para simbolizar a polaridade feminina, tida como grande mãe, e seus aspectos de transformação em relação à lua, Virgem-lua crescente; Mãe – Lua Cheia e Anciã – Lua Negra. Serve como símbolo da Deusa e como um evocador de bênçãos da mesma.


Triquetra, Triskle e Triluna:

As três fases divinas da mulher: A Donzela, A Mãe e A Anciã, foram altamente cultuadas por esta civilização.

Também representam as três fases do ciclo da vida: nascer, viver e morrer e ainda os três mundos conhecidos: a terra, o céu e o mar. No ser humano representam o corpo, a mente e o espírito, bem como a interconexão e interpenetração dos níveis Físicos, Mental e Espiritual.
Os Celtas consideravam o três como um número sagrado.

A antiga divisão do ano em três estações – primavera, verão e inverno – pode ter tido seu efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com a qual o curso das estações era associado.
Também associada às três fases da Lua.

Símbolo- Triskle.
Símbolo- Triqueta.



Símbolo- Triluna.



Awen:

A imagem acima representa o Awen, símbolo da triplicidade, cada um dos pontos são as posições do sol nascente no Solstício de inverno, nos Equinócios e no solstício de Verão, as linhas ou raios parte da luz do sol, que estimula a vida e dá inspiração. Símbolo do Druidismo moderno representa a inspiração e as três classes druídicas: Bardos, Ovates e Druidas.

Também pode ser representado como o primeiro e terceiro raio que representa a energia masculina e feminina .

O raio médio representa o equilíbrio de ambas às energias e o símbolo de fogo Arwen é o símbolo com os 3 raios para baixo.




 Cinco Vezes:


Esse padrão também representa o equilíbrio.
Os quatro círculos externos simbolizam os quatro elementos: terra, fogo, água, ar.
O círculo do meio une todos os elementos com o objetivo de alcançar o equilíbrio entre os quatro elementos ou energias.




Árvore da Vida:

As arvores por si sós já eram sagradas para os Druidas. Este símbolo representa também a transmutação e o regresso ao mesmo ponto, um ciclo interminável e natural, pelo fato de as raízes e a copa estarem unidas. Podemos retirar também a relação com os Mundos (Supramundo, Mundo e Submundo). O fato de o Superior e o Inferior estarem unidos por nós nada mais é que a afirmação “o que há em cima, há em baixo”. As arvores, além de guardar os mistérios do universo, são os portais para o mundo dos Deuses. Elas representam o equilíbrio e elo entre os elementos da natureza. A Yggdrassil para os Nórdicos era uma arvore colossal que sustentava todos os mundos e reinos. Os druidas cultuavam o mesmo e por isso que eram os “Sábios das Arvores”.

A palavra Druida significa “Aquele que tem conhecimento do Carvalho”.

O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as árvores. 

É importante dissociar as palavras “Druida” de “Celta” porque muita gente faz confusão. Celta é o nome do povo, enquanto Druida é o nome dado a uma casta de sacerdotes especiais que viviam entre os celtas e agiam como conselheiros destes. É a mesma relação entre “judeus” e “rabinos”.

A ligação dos Druidas com as Árvores se dá ao tratamento de respeito e troca que se praticava nos tempos antigos, sabendo-se que a madeira era o único combustível, usada também na construção de casas. A madeira era utilizada com respeito e honra, compreendida como sagrada e mantedora da vida.
A vida cotidiana de um Druida estava apoiada na estrita subserviência a estas regras e na observação da natureza, onde descobriram os usos medicinais; o respeito pelos bosques como lugares sagrados era outra de suas ocupações, para o qual contaram com o apoio da aristocracia militar das comunidades celtas.

O hermetismo destes ritos, assim como seu caráter oral, fazia com que a capacidade mais admirada pelos druidas fosse sua memória, por isso seus sucessores na tribo deviam se destacar desde jovens nesse sentido, além de jurar honrar sempre aos deuses (o conhecimento era secreto), não obrar imprudentemente e estar sempre disponíveis para os serviços que demandasse a comunidade.

Fonte:http://thecelticdruid.blogspot.com.br/2014/02/simbolos-celtas.html?m=1
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