Podemos concluir que, esse assunto será grande e vou dividido em 5 partes, ou simplesmente, cinco caminhos.
1- O Caminho do Guerreiro:
Pelo
fato dos Aesir serem divindades relacionadas a guerra, a força, ao
governo, ao poder, a coragem, etc., além de serem os principais deuses
cultuados, a ideia era que se os deuses eram guerreiros, logo, teria-se
que ter honra para poder se unir a eles. Numa sociedade guerreira como a
viking, os feitos no campo de batalha conotavam seu respeito e mérito
perante seus pares. A religião era um reflexo dessa cultura, pois
durante os banquetes realizados nos hall (salão), onde se
colocavam longas mesas e bancos, onde os homens se sentavam para comer,
beber, conversar e cantar; quanto mais próximo você estivesse do líder,
mais respeito você tinha. Os lugares mais distantes, eram para os
guerreiros de menor respeito. Tal condição se reflete na vida após a
morte.
Dos 13 palácios dos deuses que havia em Asgard, o mais importante era o Palácio Valhala,
o qual pertencia a Odin, o rei dos deuses. O imenso palácio é descrito
possuindo centenas de portas, e sendo habitado por centenas de pessoas
(Snorri fala que Valhala tinha 540 portas e moravam 800 pessoas). Pois,
era o local para onde os mais valorosos e honrados guerreiros iam quando
morressem. O palácio era adornado com bastante riqueza. Haviam salas
com tetos de ouro ou prata, joias, peles, tapeçarias, estátuas, armas
adornadas, escudos, cotas de malha, etc. Dizia-se que também havia
muitas águias e lobos. Ambos animais eram sagrados para estes povos e
estavam relacionados ao campo de batalha.
Quando os bravos e honrados guerreiros morriam no campo de batalha, as Valquírias
eram enviadas para irem buscar as almas destes valorosos homens. A
palavra valquíria significava algo como "as que escolhem aqueles que vão
morrer". As valquírias que eram várias irmãs, sendo estas filhas de
Odin, cavalgavam em cavalos brancos até Midgard, para escolherem os
guerreiros que seriam levados para Asgard.
Antes de prosseguir no assunto, devo fazer duas ressalvas: primeiro, as valquírias não apenas levavam os mortos para Valhalla, elas também encaminhavam a metade destes para o Palácio Folkvang, o qual pertencia a deusa Freya (escreve-se também Freia, Freja, Freyja, etc.), considerada a mais bela das deusas nórdicas. Freya era uma Vanir, era filha do deus do mar, Njord. Era irmã de Freyr.
Era uma das deusas mais importantes do panteão, associada a fertilidade, sexualidade, beleza, amor, prosperidade, a natureza, a magia e a morte. Embora fosse casada, deuses, gigantes, humanos, anões e elfos a cobiçavam. Freya fizera um pacto com Odin, onde metade dos guerreiros mortos seriam conduzidos ao seu palácio. Além disso, alguns mitos contam que ela era sua amante. Contudo, os relatos sobre o Folkvang são escassos, logo, focarei em Valhalla.
Retomando a Valhalla,
quando os mortos ali chegavam, como foi dito, algumas gravuras
retratavam outras valquírias lhes dando boas-vindas, oferecendo um
chifre com hidromel. O uso de chifres para beber era algo comum para
estes povos, embora foi associado pelo Cristianismo como um costume
diabólico.
Alguns mitos falam que além das valquírias conduzirem as almas dos mortos e os receberem em Valhalla e Folkvang, estas também se casavam com estes homens, ou se tornavam suas amantes. Outros mitos narram que algumas valquírias desciam a Midgard e de certa forma se tornavam mulheres comuns, passando a viver entre as pessoas. Na Saga dos Volsungos, se conta a história do lendário herói Sigurd (Siegfried em alemão) o qual se relacionou com uma valquíria chamada Brynhild.
Alguns mitos falam que além das valquírias conduzirem as almas dos mortos e os receberem em Valhalla e Folkvang, estas também se casavam com estes homens, ou se tornavam suas amantes. Outros mitos narram que algumas valquírias desciam a Midgard e de certa forma se tornavam mulheres comuns, passando a viver entre as pessoas. Na Saga dos Volsungos, se conta a história do lendário herói Sigurd (Siegfried em alemão) o qual se relacionou com uma valquíria chamada Brynhild.
"Acreditava-se
que Odin acolhia nos seus domínios os guerreiros que morressem
heroicamente no campo de batalha. Todas as noites se banqueteavam com as
articulações de um javali cuja carne nunca acabava, e bebiam
copiosamente hidromel. O dia passava-se a lutar, mas, à noite, os que
tinham caído erguiam-se de novo para tomar parte no festim". (DAVIDSON,
1987, p. 31).
A vida dos guerreiros no
Valhalla e no Folkvang é um tanto peculiar. Como foi mencionado na frase
acima, durante o dia, os homens treinavam e competiam em jogos de
força. Como já estavam mortos, não poderiam morrer novamente. Passavam
os dias assim, e durante a noite, um pomposo banquete era servido na
presença do próprio Odin e de sua esposa a deusa Frigga. Homens se banqueteavam com carne de javali e hidromel. Tais homens eram chamados de einherjar. Acreditava-se que os einherjar
lutassem diariamente como uma forma de aperfeiçoar suas habilidades, se
preparando para o dia que se iniciaria o Ragnarök, onde os deuses,
gigantes, homens e demais seres, entrariam numa terrível guerra final.
OBSERVAÇÃO: Esse é o primeiro dos 5, espero que tenham gostado <3 No final eu vou colocar fonte e referencias bibliográficas! Lembrando que, pode haver em alguns textos falta de um ''l'' no Valhala. O certo seria: Valhalla.
oi
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