Os deus nórdicos não eram imortais como visto em outras mitologias, onde tais divindades eram eternas. Os deuses assim como as demais criaturas do universo eram mortais, logo, um dia iriam morrer, e o Ragnarok seria esse tempo.
Os nórdicos interpretavam o Ragnarok como uma profecia de fim
de mundo e de renovação, algo parecido com a ideia cristã de Apocalipse, mas
com várias diferenças. Enquanto no Apocalipse cristão, a raça humana será
exterminada pelos Quatro Cavaleiros do Apocalipse (Morte, Guerra, Fome e
Peste), por monstros, pragas e desastres naturais, até que em fim seja
exterminada, para que assim Jesus desça a terra, acompanhado de sua legião de
anjos, para que inicie o Juízo Final.
No caso do Ragnarok esse será marcado por nevascas e geadas, catástrofes naturais e uma grande guerra que se espalhará pelos nove mundos, matando muitos, inclusive alguns dos deuses. É dito que a raça humana seria quase aniquilada, pois dois ser humanos, um homem e uma mulher ainda conseguiram sobreviver, além disso, alguns deuses sobreviverão e voltaram a governar o universo e a raça humana continuará a existir. Em suma o Ragnarok não seria o fim derradeiro, assim como o Apocalipse bíblico não é o fim derradeiro, pois após este e o julgamento final, começarão os "anos de paz do Senhor na Terra". Sobre o prenúncio do Ragnarok Snorri dissera o seguinte:
"Primeiro, chegará o inverno chamado Fimbulvetr. Neve cairá de todas as direções, haverá fortes geadas e ventos cortantes e o sol não terá mais valia. Três invernos como este haverá, sem que haja verões entre eles. Mas estes três outros invernos virão acompanhados de grandes guerras, ao redor de todo o mundo. Irmãos matarão irmãos por avareza e ninguém poupará pai ou filho de assassino e incesto". (STURLUSON, 1993, p. 125-126).
No caso do Ragnarok esse será marcado por nevascas e geadas, catástrofes naturais e uma grande guerra que se espalhará pelos nove mundos, matando muitos, inclusive alguns dos deuses. É dito que a raça humana seria quase aniquilada, pois dois ser humanos, um homem e uma mulher ainda conseguiram sobreviver, além disso, alguns deuses sobreviverão e voltaram a governar o universo e a raça humana continuará a existir. Em suma o Ragnarok não seria o fim derradeiro, assim como o Apocalipse bíblico não é o fim derradeiro, pois após este e o julgamento final, começarão os "anos de paz do Senhor na Terra". Sobre o prenúncio do Ragnarok Snorri dissera o seguinte:
"Primeiro, chegará o inverno chamado Fimbulvetr. Neve cairá de todas as direções, haverá fortes geadas e ventos cortantes e o sol não terá mais valia. Três invernos como este haverá, sem que haja verões entre eles. Mas estes três outros invernos virão acompanhados de grandes guerras, ao redor de todo o mundo. Irmãos matarão irmãos por avareza e ninguém poupará pai ou filho de assassino e incesto". (STURLUSON, 1993, p. 125-126).
Será
em meio ao caos do Ragnarok que Jormungand voltará a se erguer das
profundezas do oceano, e cuspirá seu letal veneno sobre os combatentes e
a terra, matando plantas e animais. E nesta ocasião em meio as chamas e
gelo que consomem o mundo, Thor partirá para enfrentar seu inimigo
derradeiro em sua última batalha. Os poemas não detalham o conflito
épico, mas sabemos que a luta foi árdua, pois mesmo Thor com seus
mortais raios e seu poderoso martelo, não conseguiu vencer facilmente a
colossal criatura.
Após a terrível batalha, a grande serpente caí morta, contudo, o deus do trovão sai gravemente ferido da luta. Os poemas são categóricos em dizer que após vencer, Thor deu nove passos para trás e caiu morto. Pois não resistiu ao veneno de Jormungand. E dessa forma simples acaba sua vida, pois tanto o Voluspá, como a Edda em prosa e outros poemas, relatam o mesmo: nove passos ele deu, antes de cair morto. Assim ambos os inimigos chegam ao mesmo fim.
Thor morto. Lorenz Frolich, 1895.
Fonte: http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/10/thor-uma-analise-dos-mitos-e-crencas.html?m=1
Referências Bibliográficas:
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DAVIDSON, Hilda. O deus do trovão. Deuses e mitos no norte da Europa. São Paulo, Madras, 2004, p. 61-77.
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1984.
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LANGER, Johnni. Símbolos religiosos dos Vikings: guia iconográfico. Revista História, imagem e narrativas, n. 11, 2010.
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STURLUSON, Snorri. Edda em prosa. Tradução, apresentação e notas de Marcelo Magalhães Lima. Rio de Janeiro, Numen, 1993.
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