Os druidas eram os sacerdotes e filósofos dos celtas. Acredita-se que seu nome se deriva da palavra celta ''derw'', que significa carvalho, porque a veneração por essa árvore era um ponto essencial de sua religião. Os
druidas são tão antigos como os brahamanes da índia, os magos do Oriente e caldeus, e demais filósofos famosos da Antiguidade. Eram os árbitros soberanos de tudo que tinha relação com a religião e formavam um corpo muito numeroso, como também poderoso. Existia um chefe chamado O Grande Druida, com residência em Bretanha, lugar em que se aprendiam os mistérios mais reservados. Seu princípio fundamental era não deixar nada escrito, pois toda sua ciência se encontrava compreendida em uma série de composições poéticas que memorizavam e que continham todos seus mistérios, por isso pouco conhecidos. Seu principal dogma era a imortalidade da alma.
Em todos os países celtas, o druida desempenhava um papel primordial na sociedade: aconselhava o rei, ensinava ciências, sobressaía-se na medicina e na astronomia. Era também o padre, o juiz e a memória do povo. Sabiamente, não deixou escritos para testemunhar sua generalidade.
Uma comunidade de sábios
deixa poucos traços materiais de sua existência. Para fazer a
reconstituição da história dos druidas e encontrar suas mensagens,
dispomos apenas, infelizmente, do testemunho de autores a serviço do
Império Romano e de lendas compiladas por monges irlandeses, gauleses e
bretões da Idade Média. Documentos por vezes muito suspeitos, mas
numerosos e de procedências bastante diferenciadas, eles permitiram que
fossem feitas verificações, e algumas de suas informações foram
confirmadas por descobertas arqueológicas. Assim, historiadores, linguistas e arqueólogos restabelecem, pouco a pouco, a herança perdida.
Aplicavam-se no estudo da geografia e da astronomia, e em particular no movimento e na influência dos planetas, para assim profetizar o futuro. Plínio, filósofo grego, conta que um druida, antes de pegar uma planta, examinava a posição dos astros, e quem a pegava devia estar vestido de branco, com os pés lavados e descalços, e a eleição da mão a utilizar não era por acaso. Colhiam o "visgo" com muita veneração, como um de seus ritos, durante o mês de dezembro, que consideravam sagrado. Os adivinhos encabeçavam a marcha, entoando cânticos a suas divindades; depois, um arauto levava o caduceu, acompanhado de três druidas. Fechava a comitiva o chefe dos druidas, seguido por todo o povo, que subia ao carvalho e cortava o visgo com uma foice de ouro. Os sacerdotes recebiam-no com muito respeito e no primeiro dia do ano era repartido ao povo como algo sagrado. A água do visgo, segundo os druidas, dava a fertilidade e era uma defesa contra os venenos.
Nas lendas artunianas temos personagens como: Merlim, Nimue e Arthur. A seguir um pouco sobre esses personagens:
King Arthur's Statue |
Merlim: Mago e custódio da linhagem dos Pendragón. Nascido de uma virgem que foi visitada por um espírito, Merlim Emrys foi descoberto pelos homens de Vortigern como a vítima perfeita para um sacrifício que ajudasse a fixar os cimentos de sua torre que vinha abaixo. Merlim falou da eterna batalha entre os dragões que se ocultavam sob os cimentos, em um relato que põe de manifesto a natureza racial desse tema. Pronunciou algumas profecias sobre a Grã-Bretanha em versos gnômicos e converteu- se no conselheiro de Ambrosius Aurelianus e de seu irmão Uther, e durante esse reinado, construiu magicamente Stonehenge. Arthur herdou Merlim como seu conselheiro mágico, somente por um tempo, antes que Merlim regressasse ao reino de seu pai para converter-se no guardião eterno da Grã-Bretanha, segundo as fontes mais antigas. Segundo fontes francesas, contam que ele foi sucumbido aos encantos de Nimue. Merlim foi o principal artífice da estratégia dos Pendragón e o guardião oculto da Terra que, em tempos mais antigos, foi chamada Clas Merlim ou Recinto.
illustration: Nimue by Denise Garner |
Druidas- Seu último refúgio: a Irlanda
Para muitos deles,
reagrupados em comunidades, o exílio britânico terminou no ano de 61, na
terrível matança da ilha de Mona (na época, um grande colégio
druídico, hoje é a atual Anglesey), onde homens, mulheres e crianças
foram assassinados, e da qual o historiador Tácito nos deixou uma
terrível descrição, antes de concluir: "Colocou-se então uma guarnição
nas casas dos vencidos e foram destruídas suas madeiras consagradas a
cruéis superstições". Só restou aos druidas um único refúgio, aquele que
permaneceria inviolado e inviolável enquanto seus habitantes
respeitassem seus deuses: a Irlanda. Foi então que a lenda se misturou
estranhamente à história.
Eles aterrizaram na Irlanda
numa segunda-feira, quando da festa de Beltane. Chegaram sem navios ou
barcos, sobre sombrias nuvens somente com a força de seu druidismo.
Trouxeram com eles a Pedra Lia Fail, a Pedra do Destino, para o Ônfalo
(umbigo) do Mundo que ficava em Tara, centro sagrado da Irlanda;
trouxeram também a Lança de Lug, a espada de Nuada e o Caldeirão do
Dagda: objetos fabulosos que se encontram sob diversas formas em todas
as lendas da tradição celta. "Os Tuatha Dé Dánann estavam nas Ilhas do
Norte do Mundo, aprendendo a ciência e a magia, o druidismo, a sabedoria
e a arte. E ultrapassaram todos os sábios das artes do paganismo." (A
Segunda Batalha de Mag Tured" - ou Moy Tura, traduzido para o francês
por C. J. Guyonvarc'h).
Essas três palavras, Túatha
Dé Dánann, significam Tribo da Deusa Dana. Mas o historiador irlandês
Geoffrey Keating forneceu, no século 17, outra explicação, coincidente
com a teoria das três funções, fundamento da sociedade indo-européia e, consequentemente, da sociedade celta (nobres/sacerdotes/artesãos),
segundo Georges Dumézil: "Outros dizem que eles se chamam Túatha Dé
Dannan devido aos três grupos que formavam quando vieram para a Irlanda
nessa expedição. O primeiro bando, que se chamava Túath, tinha a posição
de nobreza e comando das tribos. (...) O segundo bando era o que se
chamava de Dé (deuses) assim com eram seus druidas. O terceiro bando,
que se chamavam Dánnan, era o das artes ou das técnicas ." (...)
As lendas são verdadeiras, tão verdadeiras quanto a história.
OBSERVAÇÃO: Boa tarde/noite/dia, guerreiros e valquírias! Tudo bem? Bom... fiz esse texto para vocês, onde eu peguei duas fontes, disponível aqui em baixo :) Como vocês podem perceber, algumas histórias artunianas escrevem: Merlin, com ''M'' no final, ou, Artur, com ''H''. Usei como referencia, uma citação de uma livro especial que eu SUPER indico para a leitura: O Rei do Inverno. Agora vou deixar uma parte da nota histórica desse livro ( O Rei do Inverno), para vocês sobre Artur:
'' Podemos saber muito pouco sobre Artur, mas podemos deduzir muito da época em que ele provavelmente viveu. A Grã- Bretanha nos séculos V e VI deve ter sido um lugar medonho. Os romanos protetores tinham partido no inicio do século V, e com isso os britânicos romanizados foram abandonados a um círculo de inimigos temíveis. Do oeste vinham os saqueadores irlandeses que eram celtas, parentes próximos dos britânicos, mas que mesmo assim eram invasores, colonizadores e escravagistas. Ao norte ficava o estranho povo das Terras Altas da Escócia, sempre pronto a vir para o sul em ataques destruidores, mas nenhum desses inimigos era tão temido quanto os odiados saxões que primeiro atacaram, depois colonizaram e em seguida capturaram o leste da Grã- Bretanha, que como tempo, capturaram o coração da Grã- Bretanha e mudaram seu nome para Inglaterra.'' - Bernard Cornwell, nota histórica, pág. 541 ( O Rei do Inverno)
Espero que tenham gostado, não deixem de entrarem nos links! Lembrando que eu escrevo textos motivadores. Se caso você quiser saber mais, é só estudar sobre o assunto ;) Outra observação EXTREMAMENTE importante: existem DIVERSAS histórias/éstorias sobre o Rei Artur. Por favor, pesquisem! Eu, particularmente, amei o trabalho do Cornwell, mesmo ele criando alguns personagens fictícios. Espero ter ajudado! Ah... agora vocês sabem o porque do meu ''#Nimue''.
Fontes:
http://www.druidismo.com.br/index/Druidismo/Entries/2010/10/11_druidas%2C_os_sabios_da_floresta.html
Raimonde Reznikov *
Tradução de Enviar Serapicos
(publicado na revista "História Viva" - Duetto Editorial - www.duettoeditorial.com.br/)
* Raimonde Reznikov é especialista em tradições indo-européias
http://www.luzdegaia.org/downloads/livros/diversos/Avalon_e_o_Graal_H.Gerentadt.pdf
#Nimue
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