Nós Celtas:
Existem poucas informações à respeito dos nós e de sua exata simbologia
de acordo com cada tipo de dobradura. Mas o que pode concluir a partir
do que se tem é que os celtas exprimiam com este tipo de desenho a ideia
de que tudo está ligado, amarrado e de forma simbiótica, a evolução de
todos se dá de forma conjunta.
É um símbolo da igualdade de essências e da interconexão de toda a vida (como vindo de uma coisa só).
Claddagh:
Como quase tudo o que se tem da cultura dos celtas, a simbologia do Anel Claddagh está inserida em uma lenda:
Por volta do século XVI um jovem ourives apaixonado de Galway chamado
Richard Joyce foi raptado por piratas. Pensando na sua donzela, ele
desenhou um anel para expressar o que ele sentia. Consistia num coração,
como expressão do amor, uma coroa como sua lealdade e em mãos como
amizade.
Ao retornar após cinco anos, ficou extasiado ao saber que ela não havia
se casado, e a presenteou com o anel. O Claddagh tem sido considerado um
presente de casamento desde então.
Outras lendas dizem que o desenho foi trazido das Cruzadas por um rapaz
capturado pelos Sarracenos. Qualquer que seja a história, se tornou um
forte símbolo de afeição. O coração no centro do desenho representa o
amor, as mãos que o circundam representam a amizade, e a coroa em cima
(se presente) simboliza fidelidade. Os Claddagh são usados na mão
esquerda, virados para o corpo, se seu coração já foi conquistado. Se
não, usa-se o anel na mão direita, virado para a unha.
Cruz Celta:
O Símbolo da cruz, bem mais antigo que o cristianismo era uma das
principais formas de expressão artística entre os celtas. É seguida em
sua base por um círculo, que representa a unicidade e o ciclo eterno.
Associada à coragem e ao heroísmo, a cruz celta ajuda a superar
obstáculos e a conquistar vitórias graças aos próprios esforços. Atrai
reconhecimento, fama e riqueza, mas essas bênçãos só são garantidas para
quem trabalha com afinco e dedicação. Por isso, a cruz celta também
concede força de vontade e disposição. A divindade relacionada a esse
talismã é Lug, o Senhor da Criação na mitologia celta.
Triquetra:
É um símbolo usado na magia, na bruxaria e na Wicca, e representam as
três faces da Grande Mãe, a energia criadora do universo, cujas três
faces são a Virgem, a Mãe e a Anciã. Também representava as estações do
ano, que antigamente era dividido em três fases, primavera, verão e
inverno.
A triquetra, em latim triquætra, é similar a um tríscele e pode ser
interpretada como uma representação do Infinito nas três dimensões ou a
Eternidade. Era um símbolo muito comum na civilização Celta devido o seu
enorme poder de proteção. Encontrado inscrito em pedras, capacetes e
armaduras de guerra, era interpretado como a interconexão e
interpenetração dos níveis Físico, Mental e Espiritual. O círculo no
meio, assim como no pentagrama, representa a perfeição e a precisão.
Plagiado pelo Cristianismo, este símbolo passou a representar a trindade
cristã, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Triskelion ou Triskel:
Triskelion é considerado um antigo símbolo indo-europeu, palavra de
origem grega, que literalmente significa "três pernas", e, de fato, este
símbolo nos lembra três pernas correndo ou três pontas curvadas, uma
referência ao movimento da vida e do universo. Na cultura celta é
dedicado à Manannán Mac Lir, o Senhor dos Portais entre os mundos.
Tudo indica que o número três era considerado sagrado pelos celtas,
reforçando o conceito da triplicidade e da cosmologia celta de:
Submundo, Mundo Intermediário e Mundo Superior.
O triskelion também é conhecido por triskle ou triskele, tríscele,
triskel, threefold ou espiral tripla, e possui dois grandes aspectos
principais de simbolismo implícitos em sua representação, que são:
- Simbologia ligada ao constante movimento de ir, representando: a ação,
o progresso, a evolução, a criação e os ciclos de crescimento.
- Simbologia ligada às representações da triplicidade: Corpo, Mente e
Espírito; Passado, Presente e Futuro; Primavera, Verão e Inverno... Os
ciclos de transformação.
Os nós celtas são variantes entrelaçadas de símbolos do mundo pré-céltico, germânico e céltico.
Representação dos Três Reinos:
O número três nos liga aos reinos do Céu, da Terra e do Mar – elementos
que compunham o mundo celta – e por sua vez, formavam os Três Reinos,
vistos da seguinte forma:
- O Céu, que está sobre nossa cabeça e nos oferece o Sol, a Lua, as
estrelas e as chuvas que fertilizam a terra. Representa a luz, a
inspiração (o fogo na cabeça) e os Deuses da criação.
- A Terra, que está sob nossos pés e nos dá o alimento, nos abriga e faz
tudo crescer - são as raízes fortes das árvores. Representa o solo, a raiz e os Espíritos da Natureza.
- O Mar, é a água que está em nós, representa o Portal para o Outro
Mundo, que sacia a sede e nos dá a vida - sem a água tudo perece e
morre. Representa os seres feéricos, a água e os Ancestrais.
Sendo os três elementos interdependentes, onde cada um possui seu
significado próprio, mas que dependem um do outro para continuar
existindo, permitido assim, que o nosso mundo também exista em perfeita
interação.
Essa cosmologia não-dualista é bem diferente dos quatros elementos da
visão grega, pois os celtas viam tudo na forma de tríades. Os três
reinos representam locais onde há vida e o fogo é a alma que caminha
entre eles. Além disso, cada reino era relacionado a um grande caldeirão
sustentado por três pernas, que por sua vez, possuíam três atributos
diferentes.
Apesar de não haver um mito de criação como outras culturas
indo-europeias, havia entre eles a ideia dos Três Mundos, como citamos
anteriormente, descritos como:
- O Mundo Celestial: onde as energias cósmicas como o Sol, a Lua e o vento se movem. Associado aos Deuses da criação.
- O Mundo Intermediário: onde nós e a natureza vivemos. Associado aos espíritos da natureza.
- O Submundo: onde os ancestrais e os seres feéricos vivem. Associado ao Outro Mundo.
Portanto, as três pontas do triskelion eram associadas aos Três Reinos
ou aos Três Mundos e ao fluxo das estações. E, numa versão moderna, às
três fases da Lua vistas no céu: Crescente, Cheia e Minguante.
Com as mesmas características observadas nas espirais, seu movimento a
partir do centro, pode ser descrito como no sentido horário ou
anti-horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a expansão e
crescimento e o sentido anti-horário: a proteção e o recolhimento.
"Tendo em consideração o número três, símbolo sagrado dos Celtas, o qual
tanto se apresenta com a forma de tríade como de triskel, a tripla
espiral que, girando à volta de um ponto central, simboliza por
excelência o universo em expansão." Jean Markale - A Grande Epopéia dos
Celtas.
De um modo geral este símbolo está associado ao crescimento pessoal, ao
desenvolvimento humano, o fluir da consciência e da expansão espiritual.
Triluna:
A Triluna representa os aspectos da Deusa; Virgem, Mãe e Anciã.
O símbolo começou a ser utilizado com o surgimento da Wicca e das
correntes New Age e neo-pagãs, e não possui relatos muito significativos
entre povos antigos. Os antigos povos que adoravam deusas lunares
comumente desenhavam círculos ou semi círculos (meia luas) como alusão a
lua, mas não exatamente da forma como a triluna.
É atualmente muito usado pelas correntes neo-pagãs para simbolizar a
polaridade feminina, tida como grande mãe, e seus aspectos de
transformação em relação à lua, Virgem-lua crescente; Mãe – Lua Cheia e
Anciã – Lua Negra. Serve como símbolo da Deusa e como um evocador de
bênçãos da mesma.
Triquetra, Triskle e Triluna:
As três fases divinas da mulher: A Donzela, A Mãe e A Anciã, foram altamente cultuadas por esta civilização.
Também representam as três fases do ciclo da vida: nascer, viver e
morrer e ainda os três mundos conhecidos: a terra, o céu e o mar. No ser
humano representam o corpo, a mente e o espírito, bem como a
interconexão e interpenetração dos níveis Físicos, Mental e Espiritual.
Os Celtas consideravam o três como um número sagrado.
A antiga divisão do ano em três estações – primavera, verão e inverno –
pode ter tido seu efeito na triplicação de uma deusa da fertilidade com a
qual o curso das estações era associado.
Também associada às três fases da Lua.
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Símbolo- Triskle. |
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Símbolo- Triqueta. |
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Símbolo- Triluna. |
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Awen:
A imagem acima representa o Awen, símbolo da triplicidade, cada um dos
pontos são as posições do sol nascente no Solstício de inverno, nos
Equinócios e no solstício de Verão, as linhas ou raios parte da luz do
sol, que estimula a vida e dá inspiração. Símbolo do Druidismo moderno
representa a inspiração e as três classes druídicas: Bardos, Ovates e
Druidas.
Também pode ser representado como o primeiro e terceiro raio que representa a energia masculina e feminina .
O raio médio representa o equilíbrio de ambas às energias e o símbolo de fogo Arwen é o símbolo com os 3 raios para baixo.
Cinco Vezes:
Esse padrão também representa o equilíbrio.
Os quatro círculos externos simbolizam os quatro elementos: terra, fogo, água, ar.
O círculo do meio une todos os elementos com o objetivo de alcançar o equilíbrio entre os quatro elementos ou energias.
Árvore da Vida:
As arvores por si sós já eram sagradas para os Druidas. Este símbolo
representa também a transmutação e o regresso ao mesmo ponto, um ciclo
interminável e natural, pelo fato de as raízes e a copa estarem unidas.
Podemos retirar também a relação com os Mundos (Supramundo, Mundo e
Submundo). O fato de o Superior e o Inferior estarem unidos por nós nada
mais é que a afirmação “o que há em cima, há em baixo”. As arvores,
além de guardar os mistérios do universo, são os portais para o mundo
dos Deuses. Elas representam o equilíbrio e elo entre os elementos da
natureza. A Yggdrassil para os Nórdicos era uma arvore colossal que
sustentava todos os mundos e reinos. Os druidas cultuavam o mesmo e por
isso que eram os “Sábios das Arvores”.
A palavra Druida significa “Aquele que tem conhecimento do Carvalho”.
O carvalho, nesta acepção, por ser uma das mais antigas e destacadas
árvores de uma floresta, representa simbolicamente todas as demais. Ou
seja, quem tem o conhecimento do carvalho possui o saber de todas as
árvores.
É importante dissociar as palavras “Druida” de “Celta” porque muita
gente faz confusão. Celta é o nome do povo, enquanto Druida é o nome
dado a uma casta de sacerdotes especiais que viviam entre os celtas e
agiam como conselheiros destes. É a mesma relação entre “judeus” e
“rabinos”.
A ligação dos Druidas com as Árvores se dá ao tratamento de respeito e
troca que se praticava nos tempos antigos, sabendo-se que a madeira era o
único combustível, usada também na construção de casas. A madeira era
utilizada com respeito e honra, compreendida como sagrada e mantedora da
vida.
A vida cotidiana de um Druida estava apoiada na estrita subserviência a
estas regras e na observação da natureza, onde descobriram os usos
medicinais; o respeito pelos bosques como lugares sagrados era outra de
suas ocupações, para o qual contaram com o apoio da aristocracia militar
das comunidades celtas.
O hermetismo destes ritos, assim como seu caráter oral, fazia com que a
capacidade mais admirada pelos druidas fosse sua memória, por isso seus
sucessores na tribo deviam se destacar desde jovens nesse sentido, além
de jurar honrar sempre aos deuses (o conhecimento era secreto), não
obrar imprudentemente e estar sempre disponíveis para os serviços que
demandasse a comunidade.
Fonte:http://thecelticdruid.blogspot.com.br/2014/02/simbolos-celtas.html?m=1
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