Os
vikings da Escandinávia construíam principalmente com madeira, embora a
pedra e o torso também fossem utilizados em algumas regiões,
particularmente na Noruega. Por exemplo, as marcas dos buracos dos
postes na terra (que se distinguem do solo circundante por diferenças de
cor e de textura) permitem aos arqueólogos calcular o comprimento e o
plano de um edifício construído com
madeira. A forma básica do edifício era a mesma em toda a Escandinávia:
retangular, por vezes com paredes curvas e de comprimento variável.
Na Dinamarca, os bosques de folha caduca proporcionavam carvalhos para
construir a armação das casas, e aveleiras e salgueiros para entrelaçar
os painéis de vime que cobriam os espaços entre os postes verticais das
paredes. Estes eram revestidos em seguida com uma mistura de argila e de
estrume para que resistissem às intempéries. Este tipo de preenchimento
é conhecido como caniçada e revestimento. Os edifícios nos fortes reais
tinham paredes de madeira sólida, mas estas ainda não foram encontradas
em nenhum estabelecimento agrícola; requeriam grandes quantidades de
carvalho e provavelmente estariam acima das possibilidades do fazendeiro
médio.
Não há muitos carvalhos na Suécia e na Noruega, salvo
no extremo meridional, e por isso as madeiras macias (de coníferas) eram
usadas para a construção. Estas provinham das compridas madeiras
horizontais que eram empilhadas uma sobre a outra e tinham encaixes nos
cantos para formar junturas sólidas. O comprimento de cada edifício
dependia do dos troncos de arvore disponíveis, e por isso estas casas
consistiam frequentemente em series de cômodos independentes unidos
pelas extremidades para formar um só bloco. No entanto, por vezes, a
fazenda consistia em vários edifícios dispersos, cada um com a sua
própria função. As madeiras mais baixas das paredes assentavam
geralmente sobre uma fileira de pedras que formavam uma soleira, e isto
impedia que a madeira apodrecesse em contato com o solo molhado.
fontes:
Templo de Apolo
K. SKAARE, Coins and Coinage in Viking-Age Norway: Oslo, 1976;
T. SOVOLD. The Iron Age Settlement of Arctic Norway. Vol2: Tromso, 1974.
#Nimue
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