terça-feira, 5 de maio de 2015

Mitologia Nórdica- ''dragão nórdico'':

O tema do dragão nórdico deve ser entendido inicialmente dentro dos três sistemas de reinterpretações oral-imagéticos. A maior parte das cenas, narrativas e tradições míticas da Escandinávia, durante o final da Era Viking, concentraram-se em três grandes sistemas imagéticos: Nibelungiano, Ragnarokiano e Valholhiano, que vão ser perpetuados pela tradição literária até final do século XIV.

OBSERVAÇÃO: O que eu vou escrever aqui vai ser uma coisa mais simples e menos complexa. Não vou falar nesse texto sobre os 3 grandes sistemas imagéticos, é muita coisa e para melhor entendimento teria que fazer por partes. Vou deixar a fonte no final, e antes de chegarmos no tema: '' Dragão Nórdico '', vamos relembrar alguns aspectos sobre Yggdrasil. 


Serpente na Yggdrasil


" O dragão tenebroso aproxima-se,
o réptil brilhante, voando abaixo de Niðafjöllum.
Níðhöggr carrega em suas asas os corpos de homens.
Agora deve afundar-se para baixo."


Níðhöggr, Nidhogg ou Nidogue, cujo nome significa "devorador de cadáveres", é o enorme dragão que vive em Niflheim, o mundo inferior nórdico. Ele roe as raízes mais fundas da árvore do mundo, Yggdrasil, com o objetivo de a destruir, aguardando o Ragnarök. Niðhöggr se alimenta de corpos mortos (está aí a origem de seu nome) e no Ragnarök ele ascenderá à Midgard levando os corpos dos mortos para batalhar. Após o fim do mundo e o renascimento do novo mundo, Niðhöggr continuaria a viver para balancear o bem, tendo um equilíbrio perfeito entre bem e mal; alguns veem isso como um reflexo da cultura cristã na época em que a Edda em Prosa foi escrita, que vê constantemente o mundo dividido entre bem e mal.
Na Yggdrasil, também há uma águia (Hræsvelgr) e um esquilo antropomórfico chamado Ratatosk. É o esquilo que alimenta a troca de insultos entre Nidhogg, nas raízes da árvore, e a águia, no topo dos galhos.

A destruição da árvore também é a missão de outros dragões, como Grabak, Grafvolluth, Goin e Moin.

De acordo com o Gylfaginning, parte da Prose Edda de Snorri Sturluson's, Níðhöggr ou "Nidhogg Nagar" é um ser que rói uma das raízes da árvore mundo Yggdrasil. É muitas vezes acreditado que são as raízes que bloqueiam Nidhoggr do mundo. Essa raiz se localiza sobre Niflheim e Níðhöggr a rói por debaixo. A mesma fonte também diz "o esquilo chamado Ratatosk corre para cima e para baixo da árvore, carregando palavras invejosas entre a águia e o dragão.

No seção Skáldskaparmál da Prose Edda Snorri especifica Níðhöggr como uma serpente em uma lista de criaturas como: Fafnir, Jormungand, Adder, Goin, Moin, Grafvitnir, Grabak, Ofnir, Svafnir.

Participação da Serpente em outros contos/sagas.


Tanto na narrativa nórdica quanto nas de origem célticas, o dragão vincula-se a simbolismos de fertilidade. Sendo um animal crônico, fertilizador da terra e habitante dos submundos, nada mais natural para o folclore do que encontrá-lo guardando virgens.

Outro fato que torna a saga de Ragnar uma perpetuadora de antigas tradições orais e folclóricas, foi a descrição de sua morte, atirado em um fosso de serpentes pelo rei
anglo-saxão Ella, da Northumbria, que para consolar o próprio destino compõe um canto de morte (o poema Krákumál), exaltando os valores do guerreiro e o ideal odínico. Como já vimos, uma cena muito semelhante ao desfecho da personagem de Gunnar no ciclo nibelungiano que, evidentemente, possuía uma finalidade de exaltar ainda mais tanto a figura do rei nórdico quanto o ideal de comportamento da aristocracia. Em certa frase da balada de Ragnar, encontramos uma imagem que se aproxima de outro sistema imagético-oral, o ragnarokiano: “As serpentes sugam meu corpo. Estarei morto em um instante” (Ragnars saga). Trata-se de uma passagem da Völuspá ,onde na sala Náströndu, nos mundos subterrâneos, o dragão: "Níðhöggr ali sugava os mortos". Com isso, vislumbramos que tanto as serpentes quanto os dragões foram associados às características dos vermes, de sugar os corpos, de animais subterrâneos relacionados aos mortos, a morte ou a passagem para outros mundos.
Tantos as drakkars quanto as knorrs eram enfeitadas com cabeças de dragões ou serpentes em suas proas

Jormungandr by Soni Alcorn-Hender

Significados aparentemente opostos: 

O dragão/serpente é relacionado a fertilidade (portanto, à vida), e em outras ocasiões, com a morte. E em outros termos, na mitologia nórdica também podemos perceber uma ambivalência no mesmo ser: o dragão pode ser agente da ordem estabilizando o mundo:(Jörmungandr) e do caos (matando o deus Þórr: Jörmungandr).

Fonte:  file:///C:/Users/Carol%20Pinho/Downloads/RELATORIO_DE_ESTAGIO_POS-DOUTORAL-VIKINGS%281%29.pdf

OUTRA OBSERVAÇÃO: Guerreiros e Valquírias, obrigada por lerem o texto, e mais essa observação o.O Nesse texto o foco é a serpente Jormungandr, porém existe um conto sobre Siegfried contra o Dragão, que eu vou colocar em um outro texto, espero que tenham gostado <3 
#Nimue

3 comentários:

  1. Muito bom seu texto, diferente de outras fontes, conta a história correta da minha religião.
    So gostaria que ao retratar sobre isso, não fale como mitologia ou folclore. É uma religião!

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  2. Muito bom seu texto, diferente de outras fontes, conta a história correta da minha religião.
    So gostaria que ao retratar sobre isso, não fale como mitologia ou folclore. É uma religião!

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  3. Cara desculpa mas isto na já foi uma religião agora é a mitologia nordica

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